A cada ano aumenta o número de garotos procurando peneiradas em busca do sonho de se tornar um jogador de futebol. O desejo, principalmente para os mais humildes, tem o primeiro objetivo de melhorar a vida financeira de toda uma família. Claro, o glamour que ostentam grandes jogadores também brilha nos olhos de garotos espalhados por todos os cantos do mundo. Mas, no final, poucos conseguem.

Antes do sonho, que é permitido a todos, são necessários talento e dedicação, e depois tudo aquilo que o Criador desenhou para cada um se cumpra. O mundo moderno, que se tornou extremamente competitivo, exige que qualquer profissional cuide de sua carreira além de simplesmente se dedicar e trabalhar. É preciso entender as mudanças, caminhos, transformações e leitura de um mundo cada vez mais rápido e exigente.

No futebol não é diferente. Gerir uma carreira pode levar o atleta muito mais longe do que ele imaginava ou encurtar uma trajetória próspera. E esta gestão vai influenciar, naturalmente, na parte técnica.

Neymar nasceu craque. Nasceu prodígio. O talento natural existiu sem esforço para abrir um caminho fantástico. Ainda no Santos, brincava de jogar bola e jogava bola para brincar de viver. Fora de campo, porém, a carreira não teve o mesmo brilho. Na gestão, nas escolhas, nos problemas pessoais, nas polêmicas e na falta de empatia com o povo brasileiro não foi o que poderia ser. Ficou, enquanto representatividade, pequeno demais perto do futebol acima da média dos craques.

Não há caminho certo. Não há caminho errado. Há escolhas que precisam ser feitas, que delimitam uma caminhada e revelam muito de cada um. Neymar não foi o melhor do mundo. Neymar não foi campeão do mundo. Ganhou um “mundo” de dinheiro que não vai garantir um nome de destaque na história do futebol. E agora, decidindo carreira, quer ir embora do PSG. Para onde vai? Para onde ainda pode jogar futebol ou para onde possam pagar pela marca que ele criou, embora não tenha uma grande conquista pessoal?

Aos 31 anos, dá pra dizer que o bonde do Neymar passou, embora ainda tenha algum trecho para percorrer, mas não terá festa e nem grande recepção quando chegar à parada final.