O favoritismo da seleção brasileira na decisão dos Jogos Olímpicos de Londres, no sábado, contra o México, é evidente. Embora os mexicanos tenham o hábito de complicar a vida do Brasil quando as duas equipes se enfrentam, a diferença de tradição entre os países costuma pesar em uma decisão e por isso não são muitos os que acreditam em um triunfo do México em Wembley. Neymar, no entanto, vai na outra direção. Sabendo que não ficaria bem propagar o favoritismo brasileiro, atitude que seria vista como arrogante, o craque do time diz que as chances são de 50% para cada um.

"Em uma decisão não existe favoritismo", argumentou o jogador do Santos. "O México é uma grande seleção, jogamos recentemente contra eles e vimos isso", completou ele, referindo-se ao amistoso entre as duas seleções disputado no dia 3 de junho, em Dallas, nos Estados Unidos. Os mexicanos venceram aquela partida por 2 a 0, mas eles estavam com sua equipe principal, e não a que está disputando a Olimpíada.

Na entrevista coletiva que concedeu na manhã desta quinta-feira na concentração da seleção, em Saint Albans, Neymar voltou a elogiar o meia Giovani dos Santos, autor de um dos gols mexicanos em Dallas. O jogador do Tottenham pode ficar fora da final deste sábado por causa de uma lesão muscular, mas mesmo que ele não jogue Neymar não vê favoritismo do Brasil.

"O Giovani é um craque, já falei isso, um gênio do futebol, mais um. Mas com o Giovani ou sem o Giovani o México é forte, não somos favoritos", acrescentou o atacante brasileiro.