Se o Brasil vencer a Copa das Confederações, é muito grande a chance de Neymar ser o destaque da conquista. Ao mesmo tempo, um fracasso na competição que se inicia amanhã também poderia recair sobre os ombros do craque do Barcelona. O atacante sabe da pressão da opinião pública por boas atuações, mas lembra: o time tem outros dez jogadores.
"O grupo é excelente, de muita qualidade, não cabe só a mim levar a seleção ao título. Aos companheiros também, à equipe toda", disse Neymar, ontem, em entrevista coletiva, a primeira dele desde que a seleção iniciou a preparação para a Copa das Confederações. "Nunca é só um. São dez, uma equipe."
O jogador fez questão de dividir o peso pela necessidade de um título, ou de pelo menos uma campanha convincente, com os outros 22 jogadores. "A gente sabe da nossa responsabilidade. Cada um sabe da sua responsabilidade aqui. E por isso é muito importante a formação de um grupo."
Entre outras coisas, Neymar falou sobre a juventude do grupo - ele, Lucas e Oscar estavam na seleção sub-20 há dois anos. "Não é preciso maturidade para jogar futebol. Futebol é mais inteligência que maturidade. Claro que daqui a três, quatro anos, nós os mais jovens vamos estar melhores ainda."
A responsabilidade sobre o Neymar cresceu depois que ele ganhou um novo status no futebol mundial. Contratado depois de briga de gigantes entre Barcelona e Real Madrid, ele levou 56 mil pessoas à sua apresentação no Camp Nou. A viagem para assinar contrato e participar dessa festa fez o jogador voltar à seleção dois quilos mais leve. Ele garante que já recuperou o peso.
Sobre a transferência em si, negou que a possibilidade de atuar na Europa vá acelerar sua evolução. "Eu poderia evoluir em qualquer lugar. Eu mesmo, desde os 17 anos, quando virei profissional, já evolui muito e vou continuar evoluindo."
Com relação aos inúmeros compromissos comerciais que tem que cumprir com seus 12 patrocinadores pessoais, disse não ver problema. "Isso não me cansa, não me atrapalha e é até normal. Nada me tira o foco e o foco agora é a vencer a Copa das Confederações", assegurou.