SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Lawn Tennis Association (LTA) anunciou, no mês passado, em conjunto com o All England Club, que organiza Wimbledon, a decisão de banir todos tenistas russos e bielorrussos de seus eventos. Isso inclui não só o slam da grama, mas todos ATPs e WTAs e inclusive torneios juvenis promovidos pela entidade.

Rafael Nadal, 21 vezes campeão de torneios de Grand Slam, afirmou que considerou o veredito injusto.

A decisão significou a exclusão de muitos nomes de peso da atualidade, como o número 2 do mundo, Daniil Medvedev, além da ex-número 1 do mundo Victoria Azarenka, a atual #4, Aryna Sabalenka, Andrey Rublev (#8), Anastasia Pavlyuchenkova (#15), Karen Khachanov (#26), Daria Kasatkina (#26), Aslan Karatsev (#30) e mais algumas dezenas de atletas.

"Acho muito injusto com meus companheiros de tênis russos, meus colegas. Não é culpa deles o que está acontecendo neste momento com a guerra", disse a repórteres no Aberto de Madri, neste domingo (1º).

Quem não gostou da opinião de Nadal foi o ex-tenista ucraniano Sergiy Stakhovsky, que está servindo a Ucrânia na defesa contra os russos.

Ele se pronunciou pelas suas redes sociais citando as mortes dos ucranianos na guerra.

"Jogamos juntos… Competimos no circuito. Por favor, diga-me o quão justo é que os jogadores ucranianos não possam ir para casa? Como é justo que as crianças ucranianas não possam jogar tênis? Como é justo que os ucranianos estejam morrendo?", escreveu.

Sergiy Stakhovsky trocou as raquetes pelo fuzil desde março. Ele chegou a ser o número 31 do mundo no ranking da ATP.