SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A nadadora canadense Mary-Sophie Harvey, 22, afirmou que foi drogada durante uma festa no último dia de competições do Mundial de Natação em Budapeste, na Hungria, que terminou no último dia 3.

Harvey publicou em sua conta nas redes sociais fotos de hematomas pelo corpo e um texto em que expõe a situação. A Federação Internacional de Natação (Fina) abriu uma investigação sobre o ocorrido.

Na publicação, a nadadora conta que acordou na manhã seguinte à festa "completamente perdida", sem se recordar das últimas seis horas, e acompanhada do médico e do chefe da equipe canadense. "Eu ouvi de pessoas fragmentos do que havia ocorrido e também fui julgada. A única coisa que posso dizer é que nunca me senti mais envergonhada."

"Alguns de meus amigos me contaram depois que tiveram de me carregar enquanto eu estava inconsciente", escreveu a atleta, afirmando que ela teve um entorse na costela e uma pequena concussão, segundo médicos que a atenderam.

"Infelizmente, isso acontece mais do que imaginamos. Tenha havido um número crescente de casos do tipo nos últimos anos. A quem estiver lendo isso, por favor, tome cuidado. Eu achava que estava segura, que nunca aconteceria comigo, especialmente estando rodeada de amigos", escreveu. A última foto da publicação traz notícias de casos semelhantes ao ocorrido com ela.

Em um comunicado enviado às agências Reuters e AFP, a Fina disse estar "profundamente preocupada" com o bem-estar da nadadora e afirmou estar em contato com a Federação Canadense de Natação e o comitê organizador húngaro.

"Foi nomeado um agente independente, que está investigando. A Fina fornecerá informações atualizadas no momento apropriado", diz a entidade, que lembrou ter aprovado medidas em 2021 para proteger nadadores.

Em Budapeste, Harvey conquistou medalha de bronze no revezamento 4x200 metros feminino estilo livre. Ela também esteve na equipe canadense nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.