Vaga na Série D veio com a conquista do título da Taça Paraná no último domingo
Vaga na Série D veio com a conquista do título da Taça Paraná no último domingo | Foto: Divulgação

Ao conquistar a Taça FPF sub-23, o Nacional Atlético Clube conseguiu a vaga inédita na Série D do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Para o presidente do time, José Danilson, é de “suma importância” disputar uma competição como a Série D, porque no Estado apenas os três times da capital paranaense e o Operário e o Londrina possuem um cronograma garantido para o ano todo e os demais times precisam sempre buscar esse calendário. “Neste ano, por exemplo, contratamos atletas demais para a Divisão de Acesso e erramos na montagem do grupo. Não ficou legal. Agora, para a Sub-23 ficou certinho, porque buscamos atletas com essa idade e que poderão compor o elenco para a Divisão de Acesso do ano que vem e para a disputa da Série D”, destaca.

Segundo ele, a mudança do calendário da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) realizada este ano beneficiou as equipes que disputam a Série D. “Ao ampliar o número de equipes por grupos, o formato ficou muito mais interessante, pois antes se uma equipe jogasse seis jogos e não fosse bem, já ficaria fora da competição e não teria o que fazer o restante do ano. Nesse formato já terá condições de planejar, pois agora haverá 14 jogos”, destaca. “Fica bom para o atleta e melhor para o clube. A gente só tem que arrumar dinheiro para realizar as contratações”, destaca.

Questionado sobre como o clube irá enfrentar os desafios orçamentários para o ano que vem, já que participar de uma competição Nacional como a Série D não sai barato, o dirigente afirmou que a disputa da Série D sai até mais em conta que a Divisão de Acesso. “A CBF custeia transporte terrestre e aéreo se passar de 60 km. A entidade também paga a arbitragem quando a equipe joga em casa. Fica até mais fácil do que o Paranaense. Claro que vai ter aumento da folha de pagamento, que tem um custo elevado, mas gastos assim existem em qualquer competição. Mas sei que a equipe precisa ser mais encorpada”, destaca.

Ele afirma que vai segurar os atletas que possuem condições de jogar em nível nacional. “Do grupo boa parte tem contrato esticado com o time, então a maioria fica. Eu pretendo contratar cerca de seis jogadores, mas temos uma boa equipe”, afirma. Sobre a equipe técnica a intenção também é manter a atual no time. “Nós não teremos como segurar essa equipe técnica se eles receberem uma proposta de outra equipe da primeira divisão, por exemplo, mas a princípio queremos trabalhar com eles”, ressalta Danilson.

“Estamos esperando a definição do arbitral da Divisão de Acesso do ano que vem e a partir dele poderemos realizar as contratações, mas o planejamento do ano que vem começa a partir de agora. Não tínhamos como começar antes, porque precisávamos dessa definição da vaga na Série D”, explica.

Sobre as conversas com possíveis patrocinadores para a próxima temporada, Danilson afirma que até que não conversou com ninguém, mas tem mantido um diálogo com parceiros, pessoas ligadas ao futebol. “Em relação aos patrocínios, vamos começar a buscá-los a partir de agora”, aponta.

O retorno a uma competição nacional coroa a retomada da equipe depois do episódio em que o clube não disputou a Divisão de Acesso do Estadual por conta de atrasos na apresentação dos documentos que dava ao clube o direito de uso do Estádio Erich Georg. Isso culminou na desistência da equipe nas competições em 2016 e em 2017 o time queria retornar, mas foi impedido pela Federação Paranaense de Futebol. “O time ficou dois anos afastado, mas um desses anos foi a Federação que não permitiu a volta. Quando pedimos uma licença automaticamente deveríamos ter a volta automática no fim da licença, mas quando nosso time foi oficiar a Federação falou que tínhamos que fazer um novo documento e vetou a nossa participação. Precisamos gastar para defender um direito líquido e certo e o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) comprovou que o Nacional estava correto, mas com a demora o Nacional não pôde voltar em 2017. Isso só foi possível no ano passado”, destaca.

O Nacional é uma das equipes mais tradicionais do Estado. Ele foi fundado no dia 28 de abril de 1947. Foi a equipe que inspirou a criação do Londrina. Em 1951 a equipe conquistou o primeiro título, o de campeão Norte Paranaense de futebol profissional. Em 1998 a equipe conquistou o título do Paranaense da Terceira Divisão, em 2003, o clube conquistou o título de campeão da Segunda Divisão do estadual e disputou por três anos a Primeira Divisão. Em 2004 o time disputou a Série C do Campeonato Brasileiro. Em 2007, o time caiu para a Segundona. Em 2008 conquistou o campeonato da Segunda Divisão e voltou para à elite do futebol paranaense, de onde só saiu em 2015, com o episódio da documentação do estádio.