O Nacional poderá ser punido com a perda de um a dois mandos de jogo por causa dos incidentes registrados no empate com o Paranavaí, domingo, em Rolândia. O árbitro do jogo, José Francisco de Oliveira, foi agredido pelo preparador de goleiros Vanderlei Gazola depois que marcou um pênalti para o Paranavaí. Ao final da partida, Oliveira precisou deixar o estádio em uma viatura da Polícia Militar, pois dezenas de torcedores o esperam na porta do estádio. A súmula da partida deverá ser entregue hoje pelo árbitro à Federação Paranaense de Futebol (FPF).
O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Adão Laslowski, explicou que estará analisando a súmula para depois oferecer, se assim entender, denúncia contra o clube e o preparador de goleiros. Se for punido com a perda de mando de campo, o Nacional terá que jogar no estádio de uma equipe que dispute a Primeira Divisão. Londrina e Apucarana seriam as cidades mais próximas. Ao contrário do Campeonato Brasileiro, no Paranaense não existe uma distância mínima para a realização dos jogos. No Brasileiro, o time que perde mando de campo só pode jogar em cidades a 150 quilômetros de seu estádio.
No caso de Gazola, segundo o procurador, ele poderá ser suspenso de 120 a 360 dias pela agressão ao árbitro, que foi flagrada pelas câmeras de televisão.
O presidente do Nacional, José Danilson de Oliveira, afirmou que vai esperar a súmula ser entregue na FPF para tomar uma atitude sobre o caso. Ele entrou em contato com a entidade ontem para apresentar a versão do clube sobre os fatos. ''Ele (árbitro) estava mal-intencionado'', disse.
Danilson de Oliveira não descartou, inclusive, oferecer denúncia contra o árbitro. ''Vamos analisar a fita do jogo para tomar uma providência.''