Na Grande Área - Armando Nogueira
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 13 de março de 2001
O passe no futebol será extinto no fim do mês, conforme estabelece a Lei Pelé. Não poderia ser de outra maneira. Os clubes queriam continuar empurrando com a barriga a extinção de uma verdadeira aberração jurídica. A lei já tinha dado um prazo de três anos, que é uma eternidade, para que o futebol brasileiro se ajustasse à nova realidade.
Não posso deixar de rir com o deputado Perrela, de quem leio a seguinte declaração: Os clubes europeus estão só esperando o fim do passe no Brasil pra levar de vez os nossos craques. Pura desfaçatez do presidente do Cruzeiro: os homens já nos levaram tudo que tinham de levar. E não foi pelo arrastão europeu que os clubes brasileiros faliram. Pelo contrário, os europeus só desembarcaram aqui porque nossos clubes já estavam quebrados há muitos anos. Mas é bom deixar bem claro, que raro é o clube que não está mal de vida, e, mais raro ainda, o cartola que não está bem de vida. Essa é a verdade. O resto é querer enfiar a bola por entre as pernas da gente.
O que pretende a lei, isso sim, é, pra começo de conversa, assegurar ao jogador de futebol o pleno exercício da cidadania, e, depois, acabar com a imoralidade do dinheiro por baixo do pano nas transferências de jogador.
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