Leão aumentou, como nunca, a dose de atacantes na última lista da seleção. A cota de avantes chega a 35 por cento. Ele quer restabelecer a índole ofensiva que o futebol brasileiro vem perdendo, não é de hoje. Pra emplacar a idéia diz que não há tempo a perder. Antes do embarque da seleção, Leão justifica: ‘‘O que sempre fez tremer qualquer adversário do Brasil foi precisamente o nosso poder de fogo. A principal arma do Brasil sempre foi o grande atacante; e só assim é que eles vão voltar a nos respeitar.’’ E não é que é verdade?
A história não deixa de dar razão ao treinador Leão. Mesmo nos tempos em que a Europa já entorpecia os estádios com seus ferrolhos chatíssimos, o futebol sulamericano dava lições de audácia, graças a ataques memoráveis. Dois, entre muitos, merecem ser lembrados: o de 70, com Jairzinho, Pelé, Tostão e Rivelino (ao fundo, Gerson) e o argentino do final dos anos 50, com Corbatta, Maschio, Angellito, Sívori e Cruz.

Um futebol que os anos não trazem mais.