Sepp Blatter, presidente da Fifa, diz que tira o Brasil do Mundial de 2002 se as CPIs do Congresso passarem da medida. Que medida é essa ninguém sabe, mas qualquer um pode imaginar. Os limites do cartola-mor devem ser os calos morais da CBF, dos clubes, de alguns dirigentes, dos empresários, enfim, da imensa corriola que costuma reduzir os negócios do esporte a rendosas negociatas.
Quem conhece a fauna do futebol mundial percebe, claramente, que a declaração de Blatter cheira a sermão encomendado. Todos se lembram do rompante de João Havelange, então, presidente da Fifa, ameaçando cortar o Brasil do mundial de 98 se o Congresso brasileiro aprovasse a Lei Pelé. Era, como agora, puro jogo de cena, guerra psicológica pra intimidar o Poder Legislativo. Não conheço exemplo maior de arrogância e desfaçatez.
O Congresso já deu o troco merecido, anunciando que irá fundo, mesmo, e mandando, solenemente, que Blatter vá lamber sabão.

O futebol agradece