Música e ironia marcam festa do Brasil
PUBLICAÇÃO
domingo, 06 de fevereiro de 2000
Por Chiquinho Leite Moreira
Florianópolis, 06 (AE) - Muita animação, boa música e uma dose cavalar de ironia marcaram a comemoração da equipe brasileira da Copa Davis, depois de definir a vantagem de 3 a 0 na França e garantir, antecipadamente, a classificação para as quartas-de-final da competição. No palco de um dos bares mais agitados de Florianópolis, o técnico e capitão do Brasil, Ricardo Acioly comandou uma banda animada com participação de Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni. O detalhe veio com as camisas dos brasileiros. Todos vestiram o uniforme do Avaí, time mais conhecido pelos volantes de loteria esportiva do que propriamente por suas vitórias e pelas frequentes citações de seu torcedor mais ilustre, o Guga.
Por coincidência, a camisa do Avaí é de um azul muito parecido ao da seleção francesa, campeão do mundo, que o time da França usou no confronto em que venceu o Brasil, no ano passado em Pau. Agora, em Florianópolis, a resposta veio com bom humor.
O melhor do show, porém, veio de uma raquete ainda pouco conhecida neste time do Brasil: de Francisco Costa. De jeitão gaúcho, cabelo bem penteado e estilo comportado, tocou guitarra e cantou com afinação de fazer todo mundo aplaudir e surpreender-se. Outros "profissionais" da banda são o auxiliar técnico João Zwetsch, que toca bateria como poucos, e Jaime Oncins, que também sabe mexer nas baquetas.
Guga e Meligeni, por sorte, sabem bem jogar tênis. De óculos de estilo de sol, mas com lentes corretivas, o número 1 do Brasil escolheu um som pesado para se apresentar: fez sucesso e gritaria. Meligeni mostrou mesmo que está com o físico em ordem. Pulou e cantou com animação.
A festa acabou cedo. Como na história de Cinderela, ao toque de meia noite, o som acabou e os jogadores voltaram para o hotel. Afinal, no dia seguinte ainda tinham mais dois jogos com a França.