SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O jornalista Roberto Petri, um dos mais importantes cronistas esportivos brasileiros, morreu neste domingo (19) em São Paulo, aos 85 anos.

A informação foi confirmada por seu filho Bruno Petri na Rádio Bandeirantes. O jornalista sofreu um AVC em 2017 e decidiu se mudar para uma clínica de repouso. Desde então, enfrentava problemas de saúde.

Nascido em 1936 em São Paulo, Petri começou a carreira na Rádio Bandeirantes em 1954 e, em seguida, foi contratado pela TV Tupi.

Na emissora, promoveu o torneio Dente de Leite, que reunia meninos de 12 a 14 anos com o objetivo de revelar jovens talentos do futebol. Desde então, categoria recebeu este nome.

"Na minha atuação como repórter, comentarista e narrador eu não ganhei nenhum prêmio como o Roquete Pinto e o Imprensa. Ganhei pelo Dente de Leite. Foi algo maravilhoso, muitas emoções", afirmou em entrevista ao UOL em 2019.

Ao longo da sua carreira de mais de 50 anos, Petri passou por diversos veículos, como Jovem Pan, as TVs Cultura e Gazeta, os jornais Última Hora, Diário da Noite, Diário de São Paulo, Mundo Esportivo e Equipe e a revista Player.

Na TV Gazeta, Petri contou ter feito vários concursos para comentaristas e jornalistas esportivos e descoberto nomes como Galvão Bueno. "Não posso falar mal porque fui eu que inventei o Galvão Bueno. Ele, como profissional é bom, eu respeito. E ele também me respeita. Revelei também o Flávio Prado. É um gosto que tenho. Hoje acompanho ambos", disse na mesma entrevista.

Petri também ficou conhecido como um dos maiores especialistas em futebol argentino na imprensa brasileira. Também fez parte, na Gazeta, de um dos mais lembrados programas de mesa redonda esportiva da história da TV nacional.