SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Após seis dias de disputa por pódios em Tóquio-2020, qual país ocupa a primeira posição no quadro de medalhas? A resposta é: depende. Esta é uma controvérsia que vem à tona periodicamente nos Jogos Olímpicos.

Segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional), a China fechou esta quinta-feira (29) no topo da tabela. Mas, para setores da imprensa americana, os Estados Unidos são os verdadeiros líderes do certame. A diferença reside no critério utilizado para o ranqueamento dos países na classificação geral.

Enquanto o COI adota o número de ouros como o mais importante, veículos como o jornal The New York Times e as emissoras NBC, a que mais investe na cobertura olímpica nos Estados Unidos, e ESPN montam seus quadros considerando a soma de medalhas (ouro, prata e bronze) de cada nação.

Historicamente, os americanos costumam liderar nos dois quadros. Só que, em 2008, nos Jogos de Pequim, a polêmica ganhou força devido à rivalidade com o time da casa, a China. Pelos critérios do COI, os asiáticos venceram o evento, com 48 ouros, contra 36 dos EUA. Já pelo total de medalhas, a ordem foi inversa, de 112 a 100 para os americanos.

Desta forma, para não perderem a soberania olímpica, setores da imprensa americana adotam seu próprio critério. Nesta quinta, antes da conclusão de todas as provas do dia, o The New York Times postou no Twitter que os EUA lideravam a tabela com 37 medalhas no total e o Japão detinha o maior número de ouros, com 15 —horas depois, eles foram igualados pela China.

No entanto, de acordo com o COI, os EUA estão no terceiro lugar, com 14 ouros, atrás da líder China e do segundo colocado Japão, ambos com 15. Os chineses levam vantagem pelo número de medalhas de prata —sete, contra quatro dos japoneses.

O Brasil ocupa a 17ª colocação, com uma medalha de ouro, três de pratas e três de bronze. Se o critério for o de número de medalhas, a delegação brasileira sobe para o 13º lugar.