A Olimpíada de Tóquio terminou sem medalhas para os londrinenses, mas a experiência e a oportunidade de representar o Brasil no maior evento esportivo do mundo têm sabor de conquista para os nossos representantes.

Tatiane Raquel da Silva bateu o recorde nacional nos 3000m com obstáculos em Tóquio
Tatiane Raquel da Silva bateu o recorde nacional nos 3000m com obstáculos em Tóquio | Foto: Wagner Carmo/CBAt

Um dos principais nomes do atletismo sul-americano na prova dos 3000m com barreiras, Tatiane Raquel da Silva não se classificou para a final no estádio Olímpico, mas bateu o recorde nacional da prova, com o tempo de 9min36”43. Aos 31 anos, a londrinense analisou de forma muito positiva a participação na sua primeira Olimpíada.

“Foi uma experiência muito marcante e um sonho realizado. Volto com a sensação do dever cumprido e muito contente com o meu resultado”, frisou Raquel, atleta da equipe de Atletismo de Londrina.

Tatiane terminou em sétimo lugar na sua série e foi a 28ª colocada na classificação geral. “Poucos conseguem um recorde nacional dentro de um Olimpíada. Dei o meu melhor, melhorei o meu tempo e a minha pontuação no ranking e acredito que tudo isso vai me abrir várias portas com possibilidades de disputar competições internacionais, com os melhores do mundo”, apontou.

Com um ciclo olímpico mais curto até Paris, a londrinense não está satisfeita com o resultado em Tóquio e já começa a planejar os próximos Jogos Olímpicos daqui a três anos. “A meta é agora correr abaixo de 9min30”, buscar uma final e uma medalha. E a preparação para Paris já começa agora”, ressaltou.

Handebol

O técnico Giancarlos Ramirez foi um dos assistentes na comissão técnica da seleção masculina de handebol. Em um grupo considerado muito difícil, o time brasileiro não conseguiu avançar para a segunda fase.

Time masculino de handebol teve pouco tempo de preparação e não conseguiu chegar à segunda fase
Time masculino de handebol teve pouco tempo de preparação e não conseguiu chegar à segunda fase | Foto: Jonne Roriz/COB

O treinador londrinense admitiu que assumir o comando da seleção no final do ciclo olímpico atrapalhou o planejamento, mas o resultado no Japão foi considerado positivo pela Confederação Brasileira de Handebol.

“A seleção tinha perdido a vaga no Pan e conseguimos ir ao Pré-Olímpico e, com pouco tempo de preparação, garantir a classificação. Jogamos de igual para igual com as grandes potências da modalidade e da nossa chave saíram o campeão e o terceiro colocado”, afirmou.

O Brasil foi o quinto colocado no seu grupo ficando à frente da Argentina. A medalha de ouro entre os homens ficou com a França, seguida da Dinamarca e Espanha.

“A experiência profissional e pessoal foi incrível. Participar de uma competição desta dimensão e poder ver de perto o respeito que os grandes países têm pelo esporte, fica realmente um grande aprendizado”, comentou Ramirez.

GINÁSTICA RÍTMICA

Há dez anos no comando da seleção brasileira de ginástica Rítmica (GR), Camila Ferezin considerou positivo o 12º lugar do Brasil entre os 14 conjuntos que participaram dos Jogos de Tóquio.

Camila Ferezin orienta equipe brasileira de GR nos Jogos Olímpicos
Camila Ferezin orienta equipe brasileira de GR nos Jogos Olímpicos | Foto: Ricardo Bufolin/CBG

A técnica londrinense lembra que o país não se classificou para as Olimpíadas de Londres (2012) e no Rio de Janeiro, em 2016, entrou como país sede. E a classificação para os Jogos no Japão já mostrou uma grande evolução da ginástica brasileira.

“Nosso planejamento dos últimos quatro anos foi feito em cima desta classificação e assim atingimos nossa meta deste ciclo. Além disso mantivemos nossa hegemonia nas Américas”, frisou a treinadora, que tem como assistente técnica a também londrinense Bruna Martins. O Brasil é o atual campeão pan-americano.

Ferezin ressalta ainda que a equipe brasileira, que contou com a ginasta londrinense Nicole Pircio, atleta da Unopar/Londrina, era uma das mais jovens entre as participantes dos Jogos Olímpicos e que isso traz muitas esperanças para a GR brasileira em Paris.

“Diferente de outros ciclos olímpicos vamos seguir trabalhando com este mesmo grupo com foco em Paris. Este fato nos deixa muito motivados para seguir nosso trabalho de olho em um melhor resultado nas próximas Olimpíadas”, concluiu.

Em Tóquio, a seleção da Bulgária surpreendeu e ficou com a medalha de outro no conjunto, desbancando a super favorita Rússia.

Taekwondo

Outra londrinense que representou o Brasil em Tóquio foi Natália Falavigna. Atleta em três Jogos Olímpicos e medalha de bronze em Pequim (2008), Falavigna chefiou a seleção brasileira de taekwondo no Japão.

O melhor desempenho do Brasil na modalidade foi da paulista Milena Titoneli, que perdeu a disputa da medalha de bronze na categoria até 67 quilos e ficou fora do pódio.

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