A cidade de Londrina foi escolhida pela Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol para sediar, no final do segundo semestre deste ano, o Pré Pan-americano sub-23 da modalidade. O palco para a disputa da competição será a Acel (Associação Cultural e Esportiva de Londrina), uma das referências no Brasil na formação de atletas e que dispõe de estrutura completa.

Um dos jovens que passaram pelo projeto é Sulivan Almeida, 17, que assinou neste mês contrato profissional com o norte-americano Oakland Athletics
Um dos jovens que passaram pelo projeto é Sulivan Almeida, 17, que assinou neste mês contrato profissional com o norte-americano Oakland Athletics | Foto: Pedro Marconi

O evento deverá reunir cerca de 250 jogadores de países latinos que ainda não estão com vaga garantida no mundial, como Argentina, Peru, Bolívia, Panamá, República Dominicana e Equador. “A equipe sub-23 do Brasil é muito forte e temos alguns atletas de Londrina que fazem parte. Faz mais de 25 anos que não temos nenhum torneio mundial e internacional e decidimos aceitar (o convite)”, comemorou Fábio Kay, presidente da Acel.

A eliminatória vai levar três seleções para o campeonato principal. “Temos oito campos, três profissionais. Deverão ser aproveitados dois. Como serão três jogos por dia, dois vão acontecer no principal e um no auxiliar. Conseguimos abrigar de seis a sete seleções”, explicou.

Segundo Kay, a preferência coloca a cidade em destaque e ajuda a difundir o esporte na região. “A estrutura do beisebol se confunde com a comunidade oriental. Temos muitos amantes do beisebol dentro da comunidade em Londrina e nos arredores. Tem um púbico interessante e este mundial vai ajudar a divulgar o beisebol dentro de Londrina, que já é um polo”, apontou. “O que precisamos é profissionalizar o esporte para não ter que mandar nossos atletas para outros estados”, alertou.

PARCERIA

O anúncio sobre Londrina ter sido definida como sede aconteceu em cerimônia restrita no fim de semana, que contou com a participação de autoridades locais e estadual. Presidente da FEL (Fundação Esportes de Londrina), Marcelo Oguido garantiu o incentivo do poder público junto aos projetos da Acel. “Precisamos fortalecer ainda mais projetos esportivos com sociais. Vamos estreitar os laços para reforçar os projetos”, indicou.

PROJETO SOCIAL

A Acel conta com 1.200 atletas dos 7 aos 75 anos que praticam o beisebol. A associação mantém ainda o Iece (Instituto de Educação Cultura e Esporte), iniciativa voltada para alunos de escolas municipais, que recebem treinamentos da modalidade duas vezes por semana. Em 2019 a iniciativa atendeu 42 crianças. Com a pandemia de coronavírus as atividades foram suspensas no ano passado. “Em 2021 a expectativa é conseguir retornar. Buscamos e levamos em frente à escola. É um projeto para que as crianças não fiquem nas ruas”, afirmou Fábio Kay.

Um dos jovens que passaram pelo projeto é Sulivan Almeida, 17, que assinou neste mês contrato profissional com o norte-americano Oakland Athletics. O time faz parte da MLB (Major League Baseball), maior liga de beisebol do mundo. Ele fará parte da equipe de base, que fica na República Dominicana. “É manter o foco, ter resiliência, continuar trabalhando firme e confiar em Deus para chegar na Major League”, projetou. Caso consiga ir para os Estados Unidos são mais sete ligas até chegar na MLB.

Técnico da Associação Cultural e Esportiva de Londrina, Fernando Fukuda destacou que também são ofertadas aulas de softbol, modalidade parecida com beisebol, mas voltada para meninas. “Eles vivem sonhos e o projeto faz com que cada vez mais os sonhos se concretizem, tomem força. O projeto dá estrutura para a pessoa conseguir ir atrás e ser um atleta de beisebol”, elencou.