Time garantiu vaga na elite nacional da modalidade com o vice-campeonato da Superliga B
Time garantiu vaga na elite nacional da modalidade com o vice-campeonato da Superliga B | Foto: Marcos Zanutto/09-04-2018



A dificuldade em encontrar um grande patrocinador pode levar a cidade de Londrina a perder a vaga na Superliga Feminina de Vôlei. Dirigentes da equipe Londrina Vôlei já negociam com outros municípios interessados em bancar os custos e receber os jogos da principal competição de voleibol do País.

O drama da equipe londrinense começou após o vice-campeonato da Superliga B, que garantiu Londrina na elite, com a negativa do grupo Positivo, principal patrocinador, em renovar a parceria com o time. Desde então, os dirigentes procuram outros parceiros para bancar o orçamento de R$ 3 milhões previsto para a disputa da Superliga.

"Não temos encontrado um cenário muito bom em Londrina, que possui poucas empresas com este potencial de patrocínio. Posso garantir que o time vai jogar a Superliga, só não posso garantir que será por Londrina", afirmou o coordenador de comunicação da equipe londrinense, Guilherme Canavese, que está à frente das negociações com possíveis parceiros ao lado da coordenadora geral, Elisângela Almeida.

De acordo com Canavese, o prefeito Marcelo Belinati (PP) já foi procurado e se colocou à disposição para ajudar, mas o dirigente admite que o poder público pode fazer pouco neste cenário. "Sabemos que não depende só dele, da vontade política. A cidade tem limitações em relação a este tipo de patrocínio", disse o coordenador.

O único parceiro garantido até o momento é a Copel, que tem verbas específicas para patrocinar equipes do Estado que disputam ligas nacionais. A estatal já patrocina equipes de Maringá e Ponta Grossa e firmou compromisso com Londrina e Curitiba, que também tem vaga na Superliga Feminina. "É uma verba importante, mas não viabiliza sozinha a participação", frisou Canavese.

Na terça-feira (5), os dirigentes do Londrina Vôlei estavam em Santa Catarina, onde se reuniram com possíveis interessados em patrocinar a equipe. "Tem um município catarinense interessado em levar o time. Por enquanto não tem nada certo e nem posso revelar detalhes. Viemos aqui inicialmente apenas para ouvir", garantiu.

O prazo final para uma definição é o próximo dia 15, quando um valor precisa ser pago à CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) para a confirmação da vaga na Superliga. Enquanto não há uma definição sobre o futuro da equipe, a montagem do time está em compasso de espera.

"O técnico Maurício Thomas está contratado. Ele, inclusive, está auxiliando nesta negociação com patrocinadores. E temos também a base do elenco da Superliga B, mas não podemos mais perder tempo sob o risco de não conseguirmos contratar jogadoras de ponta e comprometer a qualidade do time", apontou Canavese.