Zagueiro do LEC viraliza: “Se tiver racismo, pulo na bala"
Jogador foi apoiado por deputado estadual nas redes sociais
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 30 de abril de 2025
Jogador foi apoiado por deputado estadual nas redes sociais
Matheus Camargo

Um vídeo do zagueiro Kadu, do Londrina, logo após a confusão generalizada entre jogadores do Tubarãozinho e do Paraná Clube pelo Campeonato Paranaense sub-20 tem circulado nas redes sociais nos últimos dias. O jogador deu um soco no meia Eduardo Ribas, do time paranista, que teria supostamente proferido falas racistas ao também zagueiro Matheus Costa, do LEC.
Kadu aparece com o rosto sangrando no vídeo e diz não se arrepender de ter iniciado a briga no gramado da Vila Olímpica do Boqueirão, em Curitiba.
“É isso mesmo, todo quebrado, mas se tiver racismo na minha frente eu pulo na bala”, declarou o defensor, que chegou a ser titular do time profissional do LEC no Torneio Paraná de Verão em dezembro. “Não me arrependo de nada. Me arrependo é de não ter batido mais naquele racista. Não estou nem aí. Eu acho que estou certo, e é isso o que importa”, concluiu Kadu, que ganhou mais de cinco mil seguidores no Instagram nos últimos dias e foi apoiado por personalidades como o deputado estadual Renato Freitas (PT). “O soco contra o racismo”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais.
A Federação Paranaense de Futebol se pronunciou sobre o ocorrido na partida do último sábado (26) e disse “reforçar a posição da entidade contra atos de racismo e injúria racial”. Além disso, destacou a atitude do árbitro Cleberton Ponce da Silva, que registrou o caso na súmula do jogo e cumpriu o protocolo antirracismo, paralisando o confronto, chamando os capitães e fazendo o gesto contra o racismo para comunicar o ocorrido.
Clubes
O Londrina promete denunciar o jogador do Paraná na esfera esportiva e criminal e, por meio de nota, indicou ter testemunhas da fala racista do atleta contra Matheus Costa.
Já o Paraná nega a existência de provas sobre o suposto crime cometido pelo atleta e acusou os atletas do Tubarãozinho e a comissão técnica de promoverem a violência.

