O técnico Roberto Fonseca afirmou em entrevista coletiva após o empate com o Avaí, no domingo (15), que a motivação para lutar pela permanência na Série B também precisa passar pela direção do Londrina.

Mesmo com 99% de chance de rebaixamento, segundo o site InfoBola, o time pelo menos conseguiu se impor em casa e, se não fosse uma falha do goleiro Lucas Frigeri, que não conseguiu defender a cobrança de falta de Fellipe Bastos, poderia ter tido melhor sorte.

Com o rebaixamento iminente, Fonseca acredita que o incentivo para o elenco continuar lutando também precisa vir “de cima para baixo”. O próximo adversário é o Juventude, que briga na parte de cima da tabela. O jogo será no sábado (21), às 18h, em Caxias do Sul.

“Tudo isso tem que vir também de cima para baixo. A direção tem que passar confiança, incentivar os atletas, a comissão técnica. É um conjunto de fatores que pode mudar a situação. Não são só os atletas, é o conjunto de fatores. Somos um clube, uma agremiação de futebol, e o contexto tem que fazer com que a coisa ande positivamente”, opinou o técnico.

Questionado sobre a situação do clube, Fonseca afirmou que a organização fora de campo tem impacto direto no desempenho da equipe. Em uma competição como a Série B, em que vários clubes têm atletas “de três dígitos”, como diz o técnico alviceleste se referindo ao ganho salarial, isso pode fazer a diferença na tabela. Nesta temporada de 2023, iniciada no Paranaense, o Londrina contratou mais de 50 jogadores e teve oito treinadores, contando interinos.

“Quanto mais organizado você é nos bastidores, mais você se organiza dentro de campo. Tem tranquilidade de trazer jogadores e uma coisa leva a outra. Não adianta a gente falar que é uma coisa separada. O Avaí, com toda a dificuldade, brigando um pouco perto de nós, tinha quatro, cinco, seis jogadores de ‘três dígitos’. O Mirassol, também. [Nós] colocando jogadores que a gente até não conhece e fazendo testes ainda, e no adversário entra Camilo, Reniê e tudo mais. É óbvio que isso acaba tendo consequências dentro de pontuação e do trabalho. É difícil não atrelar uma coisa a outra”, avaliou.

TEMPO DE TRABALHO

Com um intervalo de 12 dias entre a derrota para o Mirassol e o empate com o Avaí, Roberto Fonseca destacou a melhora do time. Além disso, mesmo com as baixas que o elenco sofreu, o técnico acredita que os jovens que subiram da base deram conta do recado.

“Taticamente a gente conseguiu colocar mais um item, mais amplitude dos laterais, fazer com que nossos atacantes viessem por dentro. E consequentemente conseguimos fazer fluir, nossos laterais fizeram o time jogar”, apontando que o primeiro tempo “deu muito certo” e que o Londrina poderia ter matado o jogo em pelo menos duas oportunidades.

Fonseca reforçou que mantém o pensamento “jogo a jogo” porque, caso contrário, os jogadores podem não aguentar a pressão. “Eu trabalhei dez dias para esse jogo [contra o Avaí]. Tática e psicologicamente, eu espremi o máximo que deu. Para o próximo jogo, vamos ver o que nós temos”, acrescentou. “Eu acredito que para esse jogo sim [conseguimos extrair o máximo do elenco]. Nós conseguimos, esprememos o máximo que está dando. Eu acredito que era, ou é, suficiente para se buscar. Foi um baque o empate, nós trabalhamos e fizemos por merecer a vitória.”