Contratado na primeira quinzena do mês de julho com a missão de tirar o Londrina da zona do rebaixamento da Série B, o técnico Márcio Fernandes completará neste sábado (28), contra o Brusque, pela 21ª rodada, seu décimo jogo à frente da equipe. Será o mesmo número de partidas de seu antecessor, Roberto Fonseca, que foi demitido após a derrota em casa para o Guarani, pela 10ª rodada.

Imagem ilustrativa da imagem Reforços moldam evolução do LEC sob Fernandes

Fernandes começou de fato a cumprir a meta que lhe foi dada pela SM Sports no último domingo (29), quando o empate sem gols contra o Brasil, por mais decepcionante que tenha sido, tirou o time da ZR. Em nove jogos, o treinador tem quase 50% de aproveitamento, com três vitórias, quatro empates e duas derrotas (48%), bem superior aos 23% obtidos por Roberto Fonseca em 10 partidas (uma vitória, quatro empates e cinco derrotas).

A melhora no rendimento do Londrina na Era Márcio Fernandes pode ter como uma das principais explicações os sete reforços que ele ganhou desde que chegou – o mais recente, o atacante Gabriel Ramos, revelado no Cuiabá e que estava no futebol da Letônia. Antes dele, haviam chegado os zagueiros Marcão e Saimon, os meias Jhonny Lucas e Gegê e os atacantes Lucas Lourenço e Marcelinho. O clube ainda procura um lateral-direito, já que o volante Matheus Bianqui vem jogando improvisado na função - aliás, uma das primeiras mudanças promovidas por Fernandes, já que Talison e Ricardo Luz, os laterais de origem, foram desligados.

Fernandes também “resgatou” Celsinho, que não fora titular uma vez sequer com Roberto Fonseca. Ainda que o meia venha perdendo espaço para Gegê, que é um jogador mais dinâmico, tem sido utilizado com frequência pelo treinador, que viu em Celsinho um substituto natural de Adenilson, negociado com o futebol árabe na mesma semana em que Márcio Fernandes foi contratado.

Outro resgatado pelo técnico foi o zagueiro Lucas Costa, preterido por Fonseca. Com a chegada de Saimon, que assumiu inclusive a braçadeira de capitão, Marcondes e Augusto - a dupla mais usada pelo ex-treinador - perderam espaço. Quem também saiu do time foi o lateral Luiz Henrique, um dos titulares da Era Fonseca e que nos últimos jogos sob seu comando chegou a jogar como atacante de beirada. Márcio Fernandes chegou a dizer após o primeiro jogo pelo time, contra o Goiás, pela 12ª rodada, que Luiz Henrique tinha tudo para ser o melhor lateral-esquerdo do campeonato, mas paradoxalmente o mantém na suplência de Felipe Vieira.

No meio, a saída de Marcelo Freitas por lesão vem sendo compensada por Jhonny Lucas, volante de vigor que vem agradando à comissão técnica.

Comparando os titulares mais usados por Roberto Fonseca e Márcio Fernandes, a rigor foram quatro mudanças entre o time-base de um e de outro. O Londrina mais usado pelo ex-treinador teve César; Ricardo Luz, Marcondes, Augusto e Luiz Henrique; Tárik, Marcelo Freitas e Adenilson (Jean Henrique ou Matheus Bianqui, cada um jogou cinco vezes); Douglas Santos, Salatiel e Safira. O LEC de Fernandes é César; Matheus Bianqui, Marcondes, Lucas Costa e Felipe Vieira; Tárik, Marcelo Freitas (ou Gegê - cada um atuou quatro vezes) e Celsinho; Douglas Santos, Safira e Lucas Lourenço.

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| Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina Esporte Clube

Com 25 anos, o atacante Gabriel Ramos chegou ao Londrina dizendo ter evoluído taticamente nos quatro anos em que atuou no futebol do leste europeu. Ele vem por empréstimo até o final do ano da equipe do Riga FC, da Letônia. O jogador fluminense de Campos dos Goytacazes é cria do Bahia, passou pela base do Flamengo e se profissionalizou no Cuiabá. “Eu era meio-campo, camisa 10, só que quando fui para a Europa os treinadores me colocaram de extremo, na ponta esquerda, acostumei a jogar solto, vindo por dentro e gosto bastante de finalizar. Minha bola parada é boa, gosto muito de marcar, pois aprendi isso na Europa, voltar para ajudar meus companheiros, e gosto de entrar na área, finalizar para fazer gols”, afirmou à assessoria de imprensa do LEC.

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