A chegada de Paulo César Gusmão é mais uma tentativa da direção do Londrina de dar um rumo para o time dentro da Série B. Com pouco tempo de trabalho, o novo treinador tem vários desafios pela frente para voltar a fazer o Tubarão competitivo. O técnico assumiu na última terça-feira e estreia no domingo (4), diante do Sport, às 18 horas, no estádio do Café.

Além de fazer o time voltar a ganhar - são apenas três vitórias em nove jogos -, PC terá alguns gargalos a resolver. O LEC mostra fragilidade na defesa e pouca eficiência no ataque. Há indefinições em relação a algumas posições. Vários jogadores já foram testados nos setores, mas ainda há lacunas a serem preenchidas, como o dono da camisa 9.

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"A nossa busca será por um time equilibrado tanto nas ações ofensivas quanto defensivas", frisou o treinador na sua primeira entrevista coletiva. O Londrina tem a terceira pior defesa da Série B, com 14 gols sofridos, ficando à frente apenas do lanterna ABC, que levou 17 gols, e Avaí, outro na zona do rebaixamento, e foi vazado 15 vezes.

"O sistema defensivo é uma prioridade", afirmou Gusmão. "Precisamos estar equilibrados do ponto de vista defensivo, com a linha de quatro, dos volantes. Quando você não tem a bola é necessária organização para dificultar a vida do adversário em chegar a sua área", apontou.

ATAQUE TAMBÉM PREOCUPA

Se a defesa vai mal, o ataque não é diferente. Embora seja um dos times que mais finalizam no Brasileiro, 12 arremates em média por jogo, o Londrina só balançou as redes em 10 oportunidades. Dos gols marcados, dois foram de pênaltis. "Para estar organizado ofensivamente é preciso uma boa estrutura de defesa. O equilíbrio vai nos possibilitar estar fortes em todas as etapas de construção do jogo, criação e conclusão", comentou o comandante alviceleste.

A ineficiência ofensiva está diretamente ligada à falta de um camisa 9. Já foram testados na posição Hugo Cabral, Matheus Lucas e Caio Mancha. Dos três, apenas Lucas conseguiu marcar - é o artilheiro do time, ao lado de João Paulo, com dois gols -, mas nenhum garantiu a titularidade absoluta. O problema ofensivo se intensificou também com as lesões dos experientes Júnior Dutra e Clayton. Com contusões graves, os dois devem estar à disposição apenas no segundo semestre.

Outro contratado para ser o camisa 9 na Série B, Lucas Coelho chegou com uma lesão no joelho e ainda não estreou. O jogador está em processo final de recuperação, já voltou aos treinos e pode ser relacionado nas próximas semanas.

Há outras posições com disputas em aberto no elenco. Na lateral-direita, Ezequiel começou como titular e Léo Morais jogou nas últimas partidas. Na outra lateral, Salomão jogou em oito partidas, mas sequer foi relacionado para a última e Nicolas atuou no seu lugar. No meio-campo, há concorrência entre Diego Jardel e Higor Leite e entre os volantes Jatobá e Natham.

Em relação aos atacantes de velocidade, o único intocável até o momento é Paulinho Moccelin. A outra vaga está em aberto e já tiveram oportunidades Vitor Feijão, Vinícius Barata, Clinton, Iago Dias e Vinícius Jaú.

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