Com jejuns de vitórias e pressionados, Londrina e Operário se enfrentam domingo (15) em um jogo decisivo no estádio do Café. O confronto da principal rivalidade do interior nos últimos anos vale uma vaga no G4 do Campeonato Paranaense, além de tranquilidade e confiança para o vencedor no mata-mata do Estadual.

"A cobrança aconteceu. O Sérgio fez a parte dele, o Alemão fez a dele e nós também. O importante é que todos estão atrás dos mesmos objetivos", frisou o centroavante Miullen, que voltará a ser titular no domingo
"A cobrança aconteceu. O Sérgio fez a parte dele, o Alemão fez a dele e nós também. O importante é que todos estão atrás dos mesmos objetivos", frisou o centroavante Miullen, que voltará a ser titular no domingo | Foto: Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube

Os dois times não vencem há três jogos e sofrem pressão de fora, por parte das torcidas, e também internamente, com cobranças sobre os treinadores e o elenco. Desde o início, Tubarão e Fantasma têm o objetivo de ficar entre os quatro primeiros, porém, devido ao desenrolar da competição, somente um dos dois poderá chegar ao G4. Um empate pode tirar os dois da meta, caso o Cianorte vença o Rio Branco em casa.

O LEC começou a semana muito pressionado. Na reapresentação dos jogadores, houve cobrança forte do técnico Alemão e do gestor Sérgio Malucelli pelos últimos resultados ruins e a péssima atuação em Cascavel. "A cobrança aconteceu. O Sérgio fez a parte dele, o Alemão fez a dele e nós também. O importante é que todos estão atrás dos mesmos objetivos", frisou o centroavante Miullen. "A conversa foi boa e nós sabemos das nossas responsabilidades".

O atacante deve voltar a ser titular no domingo no lugar de Gabriel Barbosa, que começou jogando as duas últimas partidas, mas não agradou. Quem também retorna à equipe é o meia Matheus Bianqui, livre de suspensão. "É normal este tipo de cobrança quando o resultado não vem. Todos têm o direito de cobrar e exigir evolução", frisou Bianqui. "Temos ciência da irregularidade do nosso time. Muitas vezes começamos bem e não mantemos. Precisamos seguir trabalhando para que isso não aconteça mais".

A última vitória do Alviceleste foi na sétima rodada diante do União. Depois foram dois empates com Rio Branco e Paraná e a derrota diante do FC Cascavel. Coincidentemente, foi contra a equipe de Francisco Beltrão que o Operário ganhou pela última vez. A sequência teve derrota para o Athletico, eliminação na Copa do Brasil para o América Mineiro e empate com o Toledo, no Germano Krüger.

"Quando o resultado não vem, se começa a imaginar um monte de coisa. Dentro do nosso processo de reconstrução, o time ainda não encaixou. A insatisfação do torcedor é a nossa também. Mas só dependemos de nós para ficar entre os quatro primeiros", frisou o técnico Gérson Gusmão, após o jogo de domingo.

No comando da equipe de Ponta Grossa desde 2016, Gusmão é o principal alvo de reclamação do torcedor alvinegro. O treinador reconhece a pressão, que também tem afetado o grupo de jogadores.

"Acredito que em um jogo fora de casa possamos ter mais tranquilidade em razão do que estamos enfrentando nos jogos no Germano Krüger. A torcida se acostumou a vencer nos últimos anos e por isso a pressão existe. Mas as coisas não podem mudar tanto em um intervalo de apenas uma semana".

Salários

Durante a entrevista coletiva na manhã de terça-feira (10), no CT da SM Sports, o centroavante Miullen citou que o LEC atrasou o pagamento de salários neste início de 2020. "Recebi um vídeo de um programa dizendo que este é o pior elenco do Londrina dos últimos tempos. Não é assim, estamos classificados. Queríamos estar em primeiro, mas não vamos ganhar sempre. Ninguém está aqui de brincadeira e quando estávamos com o pagamento atrasado ninguém veio na imprensa reclamar", afirmou.

Questionado na sequência para confirmar os atrasos salariais, o jogador recuou. "Não teve atraso. O clube sempre cumpriu com suas obrigações. O que teve foi um ou dois dias de atraso e, por isso, ninguém reclamou porque não teve".

Leia mais sobre o LEC