Os mais de cinco mil torcedores que foram ao estádio Vitorino Gonçalves Dias (VGD) na noite de sábado (24) esperavam uma vitória do Londrina diante do ABC, mas tiveram que se contentar com um empate de gosto amargo. O gol alviceleste saiu do talento de Iago Teles, mas uma falha da defesa atrapalhou os planos do Tubarão.

Em entrevista coletiva após o jogo, o técnico Claudinei Oliveira destacou que o time conseguiu controlar a partida, mas não soube converter isso em mais gols. O ABC veio bem postado em campo e soube ocupar os espaços no meio. No intervalo, o treinador fez correções na organização dos jogadores, mas viu sua equipe sofrer o empate em um lance de azar.

“Sofremos um gol em uma cobrança de falta frontal. Noventa e nove por cento dessas faltas cobradas na área não dão em nada. Infelizmente, falhamos na marcação, sofremos o gol e isso dá uma desestabilizada, porque era um gol que não era para termos tomado”, disse o técnico. “É um jogo que deveríamos ter vencido porque tomamos um gol muito bobo, um gol que não costumamos tomar.”

Logo após o empate, o Tubarão chegou a ver o ABC virar em mais uma cobrança de falta frontal, mas o árbitro marcou impedimento. Para Claudinei, o juiz acertou e se tornou “refém do acerto” no restante da partida.

“Ele anulou o que tinha que ser anulado, mas aí começou a querer não dar falta para nós. Dava falta para eles. Qualquer lance era falta para eles, ficou refém do acerto", apontou.

Claudinei ainda disse ser “obrigação” da CBF colocar VAR em todas as fases da Série C. “Falar de arbitragem hoje, sem ter VAR, é um absurdo. É o mínimo que a CBF pode fazer com o recurso que tem. É fazer a Série C em turno e returno, para ser mais justo.”

SEQUÊNCIA INGRATA

Esse foi o terceiro empate consecutivo do Londrina no VGD. A única vitória foi na primeira rodada da Série C, quando superou o Ypiranga-RS por 3 a 1 e fez uma partida "de manual", segundo o técnico. De lá para cá, foram três empates em 1 a 1 com Maringá, Tombense e agora o ABC.

“Nós amargamos mais um empate em casa, perdemos dois pontos e agora temos que trabalhar a semana para recuperar fora. A gente manteve a invencibilidade, mas isso não é tudo. Temos que voltar a vencer em casa, até para ter um final de jogo mais feliz para o nosso torcedor”, reconheceu.

AUSÊNCIA

Na coletiva, Claudinei ressaltou que a ausência de Henrique, que se recupera de um edema ósseo na perna esquerda, foi um problema para o Tubarão. Quem assumiu a posição foi Vitinho, que recebeu elogios do treinador, mas possui características diferentes.

“Eu tive que mudar todo o modelo de jogo, tivemos que mudar a construção, tivemos que trazer o Iago Teles e o Vitinho para dentro para deixar o corredor para os laterais atacarem. Saímos do jeito que a gente jogava pela característica do Vitinho, mas não é culpa dele. O Henrique é um cara que pressiona mais a saída de bola, pressiona lateral e zagueiro. O Vitinho é um jogador técnico, ele precisa estar com a posse da bola”, analisou.

O técnico também frisou que Henrique pode desfalcar o LEC na partida em Caxias do Sul (RS), no próximo sábado (31), às 19h30, quando o Londrina enfrenta o Caxias. É uma ausência de peso, ao lado de Iago Teles, suspenso com três cartões amarelos. “Uma peça que você tira, muda toda a engrenagem”, frisou. “Temos que estudar o adversário, ver quais são os melhores jogadores para a gente colocar em campo.”

Com o empate, o LEC chegou a 13 pontos e manteve a invencibilidade, mas pode cair na tabela até o final da 7ª rodada. Brusque e São Bernardo, ambos com 11 pontos, se enfrentam nesta segunda-feira (26). Quem lidera a competição é a Ponte Preta, com 16 pontos.

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