Ainda sem vencer na Série B após seis rodadas, o técnico Roberto Fonseca já se conformou com o fato de que até que encontre o seu Londrina ideal vai ter que moldá-lo jogo a jogo, conforme as características do adversário, em meio a curtos intervalos de preparação entre uma partida e outra.

Imagem ilustrativa da imagem Os dilemas de Fonseca no Londrina EC
| Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina Esporte Clube

Contra o líder Náutico, quando o time teve certamente seu melhor desempenho nos primeiros 45 minutos em relação às partidas anteriores, Fonseca lançou mão de uma marcação mais baixa, com três marcadores no meio (Tárik, Marcelo Freitas e Matheus Bianqui) para apostar nas jogadas em velocidade com Caprini, Salatiel e Safira. E de fato a estratégia funcionou, ou melhor, quase, porque apesar de chances agudas criadas, com direito a bola no travessão, o Tubarão ficou no empate e adiou a conquista da primeira vitória na competição.

Questionado pela FOLHA se manterá ou não a mesma estrutura tática para encarar o Vitória, neste sábado (26), em Salvador, o treinador alviceleste foi claro sobre os dilemas impostos a quem ainda tem um time em formação. “Quando você tem uma equipe já formatada, como o Náutico, por exemplo, vai jogar contra todo adversário da maneira como vem jogando e dando resultado. Nós ainda estamos numa formatação de equipe, infelizmente. Posso pensar em mudar alguma coisa, mas quanto mais você mexe, mais perde a criação desse mecanismo e temos tido pouco tempo de trabalho (entre um jogo e outro)", afirmou.

RETORNO

Uma boa notícia para o treinador é a possibilidade de contar com o retorno de Douglas Santos, que voltou a treinar ontem após torcer o tornozelo contra o CSA, pela quinta rodada. Desfalque sentido por Fonseca, para quem a velocidade do atacante é uma arma de sua equipe. De se lamentar a possível ausência de Safira em Salvador – ele é hoje o principal jogador do Tubarão. As dores nas costas persistem após a queda de mau jeito que o fez ser substituído contra o Náutico. Já Mossoró se recuperou de lesão muscular e depende só de uma reavaliação para ser relacionado. Assim, há chances de Roberto Fonseca mexer no time que enfrentará o Vitória, 12º colocado na tabela.

A busca constante pelo Londrina ideal, aliás, faz o treinador ter que administrar a falta de ritmo de jogadores que ele considera importantes, casos de Caprini e Tiago Orobó. O primeiro tem atuado com mais frequência, inclusive de titular, mas ainda sem repetir as atuações que fizeram Sérgio Malucelli tirá-lo do Ypiranga de Erechim. E o centroavante carece, na avaliação de Fonseca, de oportunidades gradativas para ganhar a vaga de titular. Por sinal, Salatiel, o dono da 9, precisa mostrar a que veio.

DEMISSÃO

A sexta rodada da Série B provocou a segunda queda de treinador na competição: Wagner Lopes foi demitido do Vila Nova após três derrotas seguidas. Campeão da Série C 2020, o Tigre será dirigido interinamente por Higo Magalhães no clássico goiano desta sexta (25), contra o Goiás, na abertura da 7ª rodada. Segundo o site globoespore.com, Hemerson Maria é o mais cotado para assumir o comando técnico da equipe.

Lopes foi contratado em março, durante o Campeonato Goiano, e levou o Vila Nova à final, mas a perda do título para o Grêmio Anápolis não foi bem digerida pela torcida alvirrubra. A eliminação na Copa do Brasil para o Bahia aumentou a pressão sobre o treinador, culminando no início ruim na Série B – o Vila é o primeiro fora da zona do rebaixamento, em 16º lugar.

O Cruzeiro foi o primeiro clube da Série B a trocar de técnico. Felipe Conceição caiu já na segunda rodada, após a derrota em casa para o CRB – Mozart assumiu o lugar. (Colaborou Lucio Flávio Cruz/Reportagem Local).