O técnico Márcio Fernandes termina a Série B confirmando sua fama de salvador da pátria e “cascudo”. O treinador, que livrou o Santo André do rebaixamento no Paulista e comandou o Vila Nova nos títulos da Série C de 2015 e 2020, chegou com a missão de dar nova cara e confiança ao abatido elenco alviceleste. Sua contratação foi em julho, no lugar de Roberto Fonseca.

Imagem ilustrativa da imagem Márcio Fernandes: do jeito paizão a salvador da pátria
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

Com Fernandes o Londrina conseguiu melhorar de rendimento, apesar de várias partidas apáticas. Dos 11 triunfos da equipe no campeonato, dez foram sob o comando de Márcio, que ainda conquistou sete empates. Foram outros dez reveses, que deixam o treinador com aproveitamento de 45,6%. Quando ele chegou o Tubarão tinha apenas sete pontos em 11 rodadas disputadas.

Segundo o técnico, o trabalho de preparação que antecedeu o duelo com o Vasco foi difícil e ao mesmo tempo especial. “Tinha que passar confiança para os jogadores, passar informações para que eles tivessem certeza do que estávamos falando e essa certeza eram os números. Pelo segundo turno, por exemplo, já estávamos livres (do rebaixamento). Tínhamos 22 pontos, o Remo vinha de um momento pior e nós de uma subida”, ressaltou.

O comandante azul e branco surpreendeu na escalação de domingo, colocando um homem a mais no meio-campo, que foi Gegê. “Nosso meio estava muito vulnerável com Jhonny Lucas e João Paulo. Não tínhamos compactação entre ataque, defesa e meio. Procurei nos treinamentos encher o meio e ter condição de bate e volta do lado esquerdo com Caprini. Jogamos num 3-4-3 e quando o Vasco percebeu isso já tínhamos feito dois gols. Voltamos no 4-4-2 e mantivemos o time bem posicionado”, explicou a estratégia.

Para ele, o Tubarão ainda contou com uma ajuda dos céus. “Acontecer as coisas do jeito que aconteceram tem que ter merecimento, não é só jogar. Foi tudo perfeito, do jeito que Deus planejou. Tínhamos que ficar no campo (após o jogo acabar), esperando o momento de vibrar. Isso aproximou ainda mais o time. Foi um momento fantástico, que vou guardar para o resto da vida”, valorizou.

Sob o comando de Márcio Fernandes o LEC também foi campeão Paranaense, apesar de ele não estar presente na final, justamente por treinar o elenco que visava a reação na Série B. “As pessoas que realmente foram campeãs foram o Roberto (Fonseca) e o Juninho (Roberto Fonseca Junior)”, lembrou.

Nos últimos quatro meses, Fernandes morou no CT (Centro de Treinamentos) da SM Sports, onde a maioria dos jogadores vivem. “Foi importante ter ficado no CT, poder ficar mais junto dos jogadores, participar mais, ver a luta de cada um. Ver as coisas que algumas pessoas às vezes não ficam sabendo, participar mais da família de cada um”, elencou, mostrando seu lado paternal de trabalhar.

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