Seguindo uma tendência nacional, o Londrina anunciou a redução de salários dos jogadores, comissão técnica e funcionários ligados a SM Sports. O corte nos vencimentos será de 25% e será aplicado no próximo pagamento no dia 20 de maio e deve se estender por até 90 dias.

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. | Foto: Marcos Zanutto/Arquivo Folha

O clube utilizou as diretrizes do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do governo federal, que lançou a Medida Provisória 936, onde é possível reduzir em 25, 50, 75% do salário ou até suspender o contrato do profissional contratado.

A medida é uma forma do LEC amenizar os impactos financeiros em razão da paralisação do futebol em decorrência da pandemia do coronavírus. O Campeonato Paranaense está suspenso desde o dia 15 de março e os jogadores do Alviceleste seguem fazendo apenas atividades em casa, de forma isolada. Inicialmente o Londrina havia concedido férias para os profissionais até o dia 1º de maio.

Posteriormente o prazo foi estendido até o dia 11, mas o clube manteve a liberação dos atletas agora por tempo indeterminado até que se tenha autorização dos órgãos de saúde para a volta das atividades.

De acordo com o gestor Sérgio Malucelli, a medida alivia a dificuldade de fluxo de caixa e foi acertada após reunião com os líderes do elenco. "Todos entenderam a situação e a recepção por parte deles até me surpreendeu. Foi assim com os funcionários também. Todos concordaram", afirmou.

"Apesar da suspensão das atividades, temos gastos que não conseguimos cobrir porque está tudo parado. Em uma situação normal, você negocia um jogador, um percentual e consegue recursos. Mas do jeito que está não tem como". As medidas de redução salarial não atingem os funcionários ligados ao Londrina.

Além do corte salarial, a gestora do LEC acabou desligando três funcionários nos últimos dias. Deixaram o clube dois fisioterapeutas e um auxiliar de preparação física. A SM Sports também liberou todos os profissionais ligados as categorias sub-19 e sub-17.

"Já há um consenso na Federação Paranaense de que não haverá nenhuma competição de base este ano. Então, nos antecipamos e liberamos os funcionários até porque necessitamos reduzir custos", frisou Malucelli. O time sub-19 era comandado pelo ex-lateral Cassiano, enquanto a equipe sub-17 era dirigida pelo ex-zagueiro Márcio Santos.

A maioria dos clubes brasileiros já anunciou cortes de salários de jogadores e funcionários em razão da suspensão das competições. No Paraná, Athletico e Coritiba também cortaram salários, suspenderam contratos e, no caso do Coxa, houve demissão de funcionários ligados ao departamento de futebol.

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