O Londrina dá nesta segunda-feira (26) mais um passo para encerrar a parceria com Sérgio Malucelli. Às 19h, o Conselho de Representantes do clube se reúne no estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias) para votar os pontos do termo de rescisão de contrato com a SM Sports, que administra o futebol alviceleste desde 2011.

Os jurídicos das duas partes discutiram o assunto nos últimos dias, assim como o presidente do LEC, Getúlio Castilho, e o próprio Malucelli. Entre as propostas para colocar fim na relação estão o Londrina assumir o futebol, pelo menos, até o primeiro semestre do ano que vem – enquanto busca um comprador para a SAF -, a administração do centro de treinamentos de 156 mil metros quadrados, à margem da PR-445, com o time utilizando a estrutura.

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Alguns jogadores do atual plantel também seriam usados na disputa do campeonato Paranaense. Outra questão debatida – e que gerou desgaste nos últimos meses – é a verba milionária da Liga Forte, que adquiriu parte dos direitos comerciais de diversos times brasileiros pelos próximos 50 anos. O Tubarão tem direito a R$ 33 milhões, sendo que R$ 8 milhões já foram liberados e viraram alvo de disputa, com 90% do montante depositado em conta judicial.

Malucelli consentiu abrir mão do que reivindica se o LEC assumir o passivo de dívidas trabalhistas e fiscais, além de repasses não feitos. A conta chega a R$ 14 milhões. A expectativa é de que o conselho referende a rescisão e ainda em 2023 a parceria tenha seu capítulo final. O vínculo, renovado há dois anos, teria validade até 2025.

A SM Sports assumiu o futebol londrinense após o clube chegar ao fundo do poço, com intervenção judicial e queda para a segunda divisão do Estadual. Durante os 12 anos de parceria o Tubarão conquistou a Divisão de Acesso, foi bicampeão do Interior, campeão Paranaense duas vezes (2014 e 2021), levou o título da extinta Primeira Liga, garantiu vaga na Série D, subiu para a C, B e ainda bateu na trave na busca pela Série A três vezes.

No entanto, nos últimos três anos – principalmente em 2023 – a relação entre a gestora e a diretoria se desgastou. O auge da “guerra fria” foi a queda do Londrina para a terceira divisão nacional neste ano, a segunda em quatro anos. A temporada azul e branca ainda foi marcada pela montagem de um elenco de qualidade duvidosa, vexames na Estadual e Copa do Brasil e participação desastrosa na Série B.

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