LEC vai estampar handebol feminino e futebol americano de Londrina
Modalidades se juntam as outras seis que já representam o clube; contrato passa a valer em 2024
PUBLICAÇÃO
sábado, 28 de outubro de 2023
Modalidades se juntam as outras seis que já representam o clube; contrato passa a valer em 2024
Guilherme Eduardo Morais/Especial para a FOLHA
As equipes de handebol feminino e futebol americano da cidade de Londrina vão utilizar a marca do Londrina Esporte Clube. O parecer foi aprovado pelo conselho do clube em outubro. Atualmente, os contratos estão em fase de formulação e vão entrar em vigor a partir do ano que vem. Com as novas integrações, o LEC passa a ter representantes em oito modalidades esportivas: futebol masculino e feminino, futsal feminino, beach soccer masculino, futebol de botão e kickboxing, além das duas novidades.
Segundo o presidente Getúlio Marques Castilho, essas ações fazem parte do planejamento. “Sempre foi intuito da diretoria e do conselho uma aproximação com a população em geral, inclusive para dar maior visibilidade aos esportes amadores”, informa. Ele explica o funcionamento da parceria: “O Londrina apenas faz a cessão da marca e não tem nenhuma responsabilidade de cunho trabalhista”.
“Veio em muito boa hora”
A equipe do Londrina Handebol Feminino comemorou a decisão, que era cogitada desde o início de 2023. De acordo com a auxiliar técnica Camila Tsuzuki, 37 anos, que foi quem sugeriu a ideia, tudo iniciou com brincadeiras. “Sempre foi um sonho de atleta vestir as cores do Tubarão. Sou nascida e criada na cidade. Quando entrei na comissão técnica, brincava com o professor Vinícius Garcia (31 anos) sobre mandar um projeto”, diz.
Ela conta que começou a pensar seriamente na parceria quando enxergou o LEC como um clube de esportes, não somente de futebol: “A equipe de futsal feminino me inspirou. Pensava ‘por que não com o handebol?’”.
A reunião de apresentação do projeto ocorreu em maio. Até chegar o dia em que a aprovação foi confirmada, incertezas apareceram no caminho. “Foi uma mistura de esperança com desânimo. Achei que não ia dar certo, até receber a mensagem durante um treino. Parecia criança ganhando um brinquedo novo”, descreve Tsuzuki.
A auxiliar também destaca o amor com que as atletas vestem o uniforme mesmo sem receber um salário. Pamella Bavia, 35 anos, por exemplo, é uma das jogadoras. Ela afirma que ficou animada com a notícia: “A galera ama o Tubarão! Para nós é uma baita honra. Estou super empolgada com os frutos que vamos colher”.
Embora o projeto não tenha fins lucrativos, o treinador Vinícius Garcia afirma acreditar que a parceria vai reforçar a reestruturação da modalidade e projetar as competições de 2024. “Vai ser de extrema importância para aumentar a divulgação do projeto (que começou em 2016), nossa visibilidade e atrair novos praticantes e apoiadores. Teremos um escudo reconhecido e muito respeitado no meio esportivo”, avalia.
Do Javali para o Tubarão?
“Vai ser a maior briga. Estamos com o javali desde 2009. A saída dele será difícil. Mas também vamos adotar o Tubarão. Queremos usar este primeiro ano para analisar.” É o que comenta o atual presidente do Londrina Bristlebacks, Rafael Algarte, 40, sobre a possibilidade de trocar a mascote do time de futebol americano pela do LEC. Já em relação aos escudos, ele pontua que a intenção é unir os dois.
No caso do Bristle, o convite de fechar o acordo veio do próprio Londrina e de forma inesperada. “Quando chegou o (projeto) do handebol, o Londrina me mandou mensagem. Perguntou se não gostaríamos de mandar o nosso também. Conversei com a diretoria e levamos adiante”, detalha. Ele também menciona que ambos mantêm contato há cerca de um ano por conta dos jogos da equipe que ocorreram no Estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias).
De acordo com Algarte, o processo será feito com cautela: “Por questões estruturais, logísticas, financeiras e de patrocínio, vamos fazer uma mudança gradual”. No entanto, a expectativa é boa. “Todo mundo ama o LEC. Para alguns atletas com quem conversei, é a realização de um sonho. Será um orgulho enorme para o Londrina Bristlebacks vestir o alviceleste”, completa.
Um dos jogadores que festejaram o feito foi Fernando Ohashi, 41 anos, ex-presidente e um dos fundadores do time. Ele relembra que o início foi desafiador e os diretores ajudaram no crescimento da equipe. “É um sentimento de realização profunda e duradoura”, finaliza Ohashi.
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