O Londrina espera finalizar nas próximas semanas os trâmites burocráticos para a oficialização e criação da sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol), que terá 90% das suas ações adquiridas pela Squadra Sports. O clube também anunciou a construção de um centro de treinamentos para começar a ser utilizado em até 12 meses.

Robson Lima, Paulo Assis e Luiz Kriwat concendem entrevista coletiva e detalham planos do LEC para a sequência da temporada
Robson Lima, Paulo Assis e Luiz Kriwat concendem entrevista coletiva e detalham planos do LEC para a sequência da temporada | Foto: Divulgação LEC

Estes foram alguns dos assuntos abordados na entrevista coletiva da cúpula diretiva da Squadra Sports, na manhã de sexta-feira (15), com a participação do CEO do grupo, Paulo Assis, do executivo de futebol, Luiz Kriwat, e do Head Comercial, Robson Lima.

Em pouco mais de uma hora de contato com os jornalistas, os diretores falaram ainda sobre as reformas no estádio Vitorino Gonçalves Dias (VGD), a liberação do dinheiro da Liga Forte do Futebol, a criação de um novo programa de sócio-torcedor e a montagem do elenco para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro.

SAF

"Estamos seguindo o trâmite natural, dentro do cronograma que desenhávamos e acreditamos que os contratos podem ser assinados na próxima semana", afirmou Paulo Assis. O LEC já conseguiu a aprovação da SAF no Ministério do Esporte e já criou a nova empresa na Junta Comercial do Paraná. Assis garantiu que todas as ações serão adquiridas pela Squadra Sports.

"A Squadra não está procurando, pelo menos neste momento, outros investidores para entrar no projeto."

VGD e CT

O Londrina passa a utilizar o estádio VGD como o local de treinamento para o time principal a partir do dia 1º de abril, um dia após deixar o CT da SM Sports. O local passa por reformas para abrigar o departamento de futebol. Os jogadores não vão morar no estádio e as categorias de base serão alocadas em um outro espaço ainda a ser definido.

"A nossa previsão interna é utilizarmos o VGD por 12 meses e, a partir de abril de 2025, já usarmos o nosso novo centro de treinamentos, em uma primeira etapa concluída", frisou Paulo Assis. O clube ainda não revelou onde será construído o CT.

Sobre a utilização do VGD para jogos oficiais, a possibilidade não está descartada, mas é um projeto a longo prazo. "Reformar o VGD está nos nossos planos, inclusive há um projeto na prefeitura que não sabemos se será aprovado ou não. Mas já identificamos vários problemas estruturais e vamos analisar com o tempo a viabilidade. Até porque tivemos uma resposta incrível do nosso torcedor, que nos deu a perspectiva de termos uma média de público superior à capacidade do VGD", apontou Paulo Assis.

ELENCO

O planejamento para a disputa da Série C passa pela contratação de reforços. O atual elenco alviceleste conta com 28 jogadores e pelo menos uns 10 novos atletas serão contratados. A análise da participação no Paranaense foi positiva, assim como o trabalho do técnico Emerson Ávila.

"O balanço foi positivo, até pelo curto prazo que tivemos para montar toda uma nova estrutura, desde a contratação de jogadores, comissão técnica e gestão. Sabíamos da dificuldade que teríamos, sobretudo no início pela falta de treinamento, mas a partir do momento que o time foi se conhecendo, a equipe evoluiu", comentou Luiz Kriwat.

O LEC trabalha com a possibilidade da saída de alguns atletas, principalmente os que foram pouco utilizados no Paranaense e o clube já tem pré-contratos com jogadores que vão reforçar o time no Brasileiro.

"Fizemos no Paranaense uma pesquisa do nosso elenco e é natural que temos que oferecer ao treinador mais opções até porque temos um grupo curto. Vão acontecer algumas movimentações no elenco, mas o resultado que tivemos neste início nos deixa confiantes para um quadro promissor no restante da temporada", completou Kriwat.

LIGA FORTE

O Londrina tem trabalhado nos bastidores para receber valores referentes ao contrato com a Liga Forte do Futebol. O clube já deveria ter recebido a primeira parcela de R$ 8 milhões, mas o imbróglio com a SM Sports atrasou o processo. No total, serão R$ 32 milhões, referentes à antecipação de 20% pelo contrato de 50 anos negociado com um grupo de investidores para explorar comercialmente a marca da entidade.

"O clube tem trabalhado para resolver esta situação junto aos investidores e esperamos que a liberação ocorra o mais rápido possível", frisou Paulo Assis.