A marca principal do Londrina até aqui na temporada é a irregularidade. A equipe ainda não conseguiu ter uma sequência de boas atuações, e até dentro do mesmo jogo o LEC não atua da mesma maneira durante os 90 minutos. Umas das explicações seria a juventude do elenco e a falta de maturidade de muitos jogadores. A média de idade do Londrina no Paranaense é de 22 anos.

Alemão: "Quando a gente contrata, observa ou chega por indicação, esperamos que seja qualificado para nos ajudar"
Alemão: "Quando a gente contrata, observa ou chega por indicação, esperamos que seja qualificado para nos ajudar" | Foto: Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube

Uma das consequências da oscilação é que o time só conquistou duas vitórias seguidas no início da competição, quando venceu PSTC e Cianorte, ambos no estádio do Café. O técnico Alemão entende que esta é uma situação normal e que o clube já previa. No entanto, o treinador aposta na evolução da equipe.

"Isso é típico de um time novo. Muitos do nosso elenco precisam de jogadores mais experientes para dar uma sustentação e equilíbrio para que possam jogar sempre no mesmo nível", afirmou o comandante alviceleste. "Temos muitos jogadores jovens, de qualidade sim e que vão crescer de produção com o passar do tempo".

Alemão demonstrou acreditar que a chegada dos últimos reforços vai melhorar a qualidade do plantel para a reta final do Estadual. "Quando a gente contrata, observa ou chega por indicação, esperamos que seja qualificado para nos ajudar", frisou. No jogo contra o Rio Branco o volante Rafael Assis entrou no segundo tempo, mas o atacante Ruster Santos ainda não foi utilizado e pode ser relacionado para o confronto com o Paraná, no domingo (1º).

"O Rafael chegou recentemente de Portugal e não tem como você pegar um atleta que estava há bastante tempo na Europa e já colocar para jogar. Nitidamente ele está sem ritmo e precisa evoluir, mas tenho certeza de que irá nos ajudar bastante", apontou Alemão. "O Ruster fez uma primeira semana de transição e agora vai para os trabalhos normais com o elenco. Vou analisar o seu rendimento durante a semana para decidir se ele vai ou não para Curitiba".

LABORATÓRIO

Dentro da realidade financeira de 2020, o Londrina tem feito do Paranaense um laboratório para testar os atletas mais novos, mas Alemão mostra preocupação quanto à montagem do elenco para a disputa do Campeonato Brasileiro.

"Quando um time cai de divisão há um desgaste financeiro grande. Os recursos diminuem em repasses e patrocínios e por isso houve a necessidade de montarmos no Paranaense um grupo barato porque não há condições de investimento alto. O Londrina não tem como competir hoje com o mercado", analisou.

"O clube está buscando um resgate de alguns atletas remanescentes do ano passado e avaliando outros. A questão é se isso será suficiente para suportar o Brasileiro e quais condições o clube terá para contratar pensando depois do Paranaense".

O Londrina contratou até aqui dez reforços e não há mais possibilidade de novas inscrições no Estadual. Alguns deles chegaram com contrato até o fim do Paranaense apenas e outros com vínculos até novembro, quando termina o Brasileiro. Com a indefinição administrativa no clube para o segundo semestre não há perspectivas positivas para grandes contratações para a sequência da temporada.

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