A partida entre Londrina e Juventude, válida pela Série B do Campeonato Brasileiro na noite de quarta-feira (28), terminou com uma confusão do lado externo do estádio do Café. A situação envolveu a PM, torcedores e a Torcida Organizada Falange Azul.

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Segundo boletim divulgado pela PM (Polícia Militar), por volta das 23h45, durante a Operação Futebol, após o término do jogo, torcedores do LEC, "em especial Torcida Organizada Falange Azul, se aglomeraram na saída do estádio a fim de intimidar os jogadores do time do Londrina". Foram acionadas viaturas da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) do 30º BPM (Batalhão de Polícia Militar e Choque do 5º BPM, além do efetivo que estava escalado para o evento e demais viaturas ordinárias do 30º BPM.

A PM diz, no boletim de ocorrência, que "a torcida proferiu insultos contra as equipes, não colaborando com a desobstrução para a saída do time e demais membros da comissão técnica". Sendo assim, o Choque e Rotam usaram "equipamentos não-letais, como granadas e munições anti-motim".

Ao final da ocorrência, a saída do estádio foi desobstruída. A PM relata ainda que, "durante e ação da torcida frente aos policiais militares, um carro estacionado na via, modelo GM Onix de cor preta, foi atingido por uma pedra arremessada pela torcida, sendo danificado o para-brisas, porém, o proprietário deixou o local sem que fosse possível sua identificação".

O presidente da Falange Azul, Henrique Santos, afirmou em entrevista que "tínhamos um acordo com o (gestor) Sérgio Malucelli pra cobrar uma postura do time, ver uma melhor forma de sair dessa situação". Com a derrota sofrida em casa, o LEC foi para a zona de rebaixamento da competição.

"Seguraram os seguranças particulares lá dentro do estádio, porém, como sempre, a PM agiu com truculência e maldade, chegaram atirando e jogando bombas, acertando inclusive mulheres e crianças. Várias pessoas saíram feridas. Em momento algum os torcedores fizeram algo para que eles tivessem aquela ação contra os torcedores", comentou. Ele não soube informar se alguém precisou ser hospitalizado.

De acordo com Santos, eram cerca de 60 pessoas que estavam esperando o time sair, pois a diretoria do clube disse que o time ia sair pra conversar.

O presidente da Falange negou que houve insultos contra os policiais. "Em momento algum, não estava só a Falange azul ali, estavam todos os torcedores do clube. Vi que tinha vários vidros de carros quebrados também pelos tiros".

Procurado por meio da assessoria de imprensa na manhã desta quinta-feira (29), o Londrina EC informou que não iria se pronunciar em nota ou entrevista a respeito do assunto.