Rodada após rodada, o Londrina tem caminhado para o seu segundo rebaixamento à terceira divisão nacional em dois anos de forma dramática. O último placar indigesto veio neste fim de semana, ao perder dentro do estádio do Café para o CSA por 2 a 0. Foi o quinto jogo consecutivo sem vencer e o terceiro seguido com derrota. O LEC segue afundado na zona de rebaixamento, estacionado na 18ª colocação, com 21 pontos. Está a cinco pontos de distância do primeiro time fora da ZR, o Vila Nova.

Imagem ilustrativa da imagem Há luz no fim do túnel?
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

Pior que a sequência de resultados negativos é a postura da equipe. Desde a vitória sobre o Vasco, em São Januário, que encantou e deu esperanças ao torcedor, o Tubarão não tem conseguido repetir a mesma atuação. Dentro de campo, o que o torcedor tem visto é um time apático, cometendo erros básicos defensivos e de ataque e um setor de criação sem inspiração. O reflexo deste “pacote” de ineficiência não está apenas na pontuação, mas também em outras estatísticas: são quatro vitórias em 24 rodadas, 16 gols marcados, 29 sofridos e míseros 29% de aproveitamento.

No duelo de sábado (18), o técnico Márcio Fernandes trocou meio time para tentar encontrar algo novo, no entanto, as mudanças não surtiram efeito. Sem perspectivas de contratações de peso para dar qualidade técnica, o Londrina vê luz no fim do túnel para fugir do rebaixamento? Na opinião do treinador alviceleste, o fiel da balança para o LEC engrenar na Série B do Brasileiro está na postura dos jogadores.

“A gente tem que acreditar sempre no nosso grupo de jogadores. Sobre as substituições, eu tinha que mexer. A equipe vinha de um resultado negativo contra o Botafogo, em que não tivemos uma participação boa dentro da partida. Tinha que procurar ganhar uma nova alma dentro do campeonato, mas não conseguimos os gols e nem a vitória. Se nos acomodarmos e não mudar uma equipe, não tentar algumas outras soluções, vamos cair sempre no marasmo”, defendeu.

PEDREIRA NOS AFLITOS

Diferentemente da rodada anterior, em que o Tubarão teve uma semana para digerir a goleada para o Botafogo e intensificar os treinos, a equipe já volta a jogar nesta terça-feira (21). E será uma “pedreira”. O Londrina vai enfrentar o Náutico, às 21h30, no estádio dos Aflitos. O Timbu também vem de derrota – 3 a 1 para o Botafogo, fora de casa - e nos últimos compromissos tem oscilado, com dois empates e dois reveses, e precisa reencontrar a vitória para seguir buscando uma vaga no G4.

“Em algumas situações se prefere que tenha tempo para trabalhar, que é melhor, tem tempo de consertar algo. Mas no futebol tem uma solução: o próximo jogo. Já que é isso, que venha logo o próximo jogo para tentarmos reverter essa situação, tentar uma vitória contra o Náutico. Será uma partida difícil, mas que não é impossível”, projetou Fernandes.

TREINO É TREINO, JOGO É JOGO

O comandante alviceleste também comentou sobre o peso que a carga emocional tem tido sobre os atletas em meio a má fase, o que tem sido uma dificuldade a mais para lidar. “Trabalhamos bastante, posicionamos o time, mas quando se está numa situação em que o Londrina está hoje, o jogador não consegue realizar o que faz nos treinamentos. Você opta por algum jogador que foi muito bem no treino, mas que no jogo acaba não rendendo. Isso te deixa numa situação difícil”, constatou.

Um exemplo dessa diferença entre treinamento e jogo é Gabriel Ramos. O atacante vinha tendo boas participações durante as atividades, tanto que começou como titular contra o CSA. No entanto, não repetiu o desempenho no jogo e perdeu uma das principais chances do LEC de balançar as redes.

DE SAÍDA

O meia Lucas Lourenço está de saída do Londrina. Em entrevista à rádio Paiquerê 91,7, neste domingo (19), o gestor do clube, Sérgio Malucelli, afirmou que o jogador não quer mais atuar pelo time. Malucelli relatou que na semana passada o jovem faltou dois dias nos treinos. O atleta veio do Santos por empréstimo em julho. Participou de dez partidas, sendo nove como titular, e não balançou a rede nenhuma vez.

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