O Londrina começou a temporada sem um patrocínio máster na camisa após o encerramento do vínculo com a agência e gravadora Agroplay, que esteve no equipamento esportivo da equipe em 2024. Mesmo ainda sem um grande parceiro, o dono da SAF do clube, Guilherme Bellintani, admitiu não ter pressa para isso.

O empresário baiano revelou ter a prioridade de contar com uma empresa da cidade como patrocinadora do LEC, mas caso isso não ocorra, pode fechar com uma casa de apostas para o espaço nobre da camisa do Tubarão.

“Vamos esperar um pouco, porque de fato o nosso desejo é ter um patrocínio da cidade, de uma empresa da cidade representando a camisa do Londrina. Estamos conversando com algumas empresas”, disse Bellintani.

“Se isso não vier, devemos partir para um patrocínio de bet (casa de apostas) para conseguir ajudar a pagar as contas, mas vamos esperar mais um pouco, porque queria valorizar muito a camisa do Londrina e acho que ela valoriza mais quando tem um patrocínio da cidade. Agora, repito também: tem empresas de bet que vão nos ajudar e vão ser muito bem-vindas quando quiserem investir no Londrina.”

Ainda sobre o aspecto financeiro, o sócio-proprietário da Squadra Sports ainda afirmou ter feito investimentos no clube em 2024 antes mesmo da assinatura do contrato da SAF, que foi realizada em junho do ano passado. Segundo ele, a receita do LEC foi próxima a zero no período e que o valor foi necessário para o andamento da agremiação.

“O que nos norteia é o contrato, mas a gente sempre estará disponível para fazer além do que está no contrato. Um exemplo disso são os investimentos que fizemos antes da SAF ser constituída. Lembrando aqui, você imagina a receita do Londrina em janeiro, fevereiro, março do ano passado? Foi perto de zero. É real. A receita dos jogos eram para pagar os custos dos jogos. Não tinha patrocinador, não vendia camisa. E como foi o pagamento do salário em janeiro, fevereiro? Quem pagava o salário de jogador? Aluguel do CT a partir de abril? Tudo isso foi fora do contrato. Fizemos de boa fé porque estávamos lidando com pessoas corretas. Tenho certeza que o investimento no Londrina será superior ao que está no contrato”, revelou o dono da SAF do LEC.

O contrato prevê investimento de R$ 139 milhões no LEC em seis anos, sendo R$ 100 milhões no futebol, além de R$ 17 milhões no CT e outros valores em dívidas que chegam a R$ 22 milhões, incluindo o devido à Prefeitura de R$ 10,5 milhões, que serão abatidos com obras no estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias) pelos próximos quatro anos.

CT encaminhado

O LEC tem treinado no Estádio do Café em 2025 e vai passar a utilizar também o VGD para os trabalhos do elenco. Porém, segundo Bellintani, isso deve durar somente este ano, já que o plano para um centro de treinamentos próprio do Londrina vai sair do papel.

“Anunciamos a compra do terreno no ano passado e agora eu anuncio que dentro de poucos dias daremos entrada na Prefeitura no projeto de construção do centro de treinamentos. Será no mês de fevereiro. A partir daí, imediatamente após a aprovação da Prefeitura, começam as obras e a expectativa é que até o final do ano tenhamos dois campos e a estrutura pronta da primeira fase da obra, com toda a parte administrativa, alojamento para a base, refeitório, hotelaria, tudo lá. Em 2026, esperamos estar prontos e queremos fazer a pré-temporada já no CT”, garantiu o dono da Squadra Sports, que além do Londrina ainda conta com o Linense-SP, o Ypiranga-BA, o Conquista-BA e o VF4-PB.