Sempre otimista desde a sua chegada, o técnico Roberto Fonseca já não demonstra mais esperanças em ver o Londrina fora da zona do rebaixamento da Série B. A gota d'agua para o treinador foi o empate com o CRB, em que novamente o LEC tinha o jogo nas mãos, mas acabou jogando fora o resultado no final.

Foi o terceiro empate seguido da equipe em condições muito parecidas. Nas duas rodadas anteriores, o Alviceleste vencia o Avaí e o Juventude, mas não conseguiu concretizar a vitória. "Poderíamos estar aqui falando de quatro, seis pontos a mais. Mas não adianta ficar falando que não volta mais", frisou Roberto Fonseca em entrevista coletiva após o 1 a 1 do último domingo. "O sentimento é de muita tristeza porque quando você é sucumbido por um adversário superior não tem o que fazer e tem que aceitar. Mas nos três jogos fomos superiores, em chances, em números, mas não conseguimos concretizar".

Leia também

LEC Futsal perde de novo para Cascavel e cai na Liga Feminina


Com o empate o LEC permanece na penúltima posição, com 27 pontos. Faltando apenas quatro jogos para o fim do Brasileiro, o Tubarão tem oito pontos a menos que a Ponte Preta, primeiro time fora da ZR. Se perder para o Guarani na sexta-feira (3), às 21h30, no Café, o Londrina pode ser rebaixado matematicamente, caso a Ponte ganhe do Avaí, no sábado (4), em Campinas, e o Sampaio Corrêa, que tem 36, pelo menos empate com o Tombense, no Castelão, também no sábado.

"Matematicamente ainda teria condições, mas a gente tem que fazer melhor do que temos feito. E eu realmente concordo com a descrença do torcedor neste momento e depois da última partida", apontou Fonseca. O clima após o empate de domingo no Café foi de total decepção e desânimo em todos, desde jogadores, comissão técnica e diretoria.

De acordo com os matemáticos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a probabilidade do Londrina cair para a Série C é de 99,8%. Os demais ameaçados às três vagas restantes são Tombense (72%), Ponte Preta (49%), Chapecoense (46%), Sampaio Corrêa (23%) e Ituano (8%). O lanterna ABC já está rebaixado.

No jogo contra o CRB, o Londrina repetiu velhos problemas apresentados ao longo de toda a Série B. O time recuou após abrir o placar e não soube controlar a partida, mesmo com um jogador a mais em boa parte do segundo tempo. "Tivemos pelo menos seis chances reais de gol. Às vezes tem faltado maturidade e qualidade para aproveitar ou então o time sente aquele nervosismo, ansiedade e afobação e aí as coisas fogem do nosso controle", comentou Fonseca. "A questão principal está na tomada de decisão e as decisões erradas nos custaram muito na competição".

Nas últimas quatro rodadas, além do Guarani, o LEC enfrenta o Vila Nova, em Goiânia, o Novorizontino, no Café, e o Botafogo, em Ribeirão Preto.

Recorde Negativo

O 1 a 1 com o CRB registrou o pior público do ano do Londrina nos jogos no estádio do Café. Foram apenas 396 pagantes para um público total de 456. A renda foi de R$ 5.935,00. O LEC tem a segunda pior média de público da Série B, com 1.050 torcedores por jogo. Fica à frente apenas do Tombense, que tem média de 913 pagantes e mandou a maioria de seus jogos em Muriaé (MG)..

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068