"Foi tudo errado desde o início", diz capitão João Paulo
Líder do Londrina em campo se diz envergonhado com vexames seguidos: as eliminações precoces na Copa do Brasil e no Paranaense
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Líder do Londrina em campo se diz envergonhado com vexames seguidos: as eliminações precoces na Copa do Brasil e no Paranaense
Lucio Flávio Cruz
Em uma semana em que havia sido eliminado de forma vexatória na Copa do Brasil, o Londrina terminou de forma decepcionante a sua trajetória no Paranaense 2023. Com a derrota por 1 a 0 para o Athletico, no estádio do Café, por 1 a 0, no domingo (26), o Tubarão não só não se classificou para as quartas de final como fechou o Estadual na sua pior colocação na era SM Sports.
Com apenas duas vitórias em 11 partidas, o LEC acabou em 10º lugar, com 10 pontos, só à frente dos rebaixados Rio Branco e Foz do Iguaçu. Desde que a SM Sports assumiu o futebol alviceleste, em 2011 - quando foi campeão da Divisão de Acesso -, o LEC não tinha uma campanha tão ruim no Paranaense. A pior classificação havia sido o sétimo lugar em 2018.
"O sentimento é de vergonha total. Não tenho coragem de olhar no rosto de um torcedor e só tenho que pedir desculpas. Não deu nada certo no campeonato porque foi tudo errado desde o início", desabafou o capitão João Paulo na saída do gramado.
O Londrina terá um hiato agora de 47 dias até o início da Série B e a reformulação do elenco será quase que total. E o clube também vai atrás de um novo treinador para comandar a equipe no Brasileiro e evitar que um novo vexame se concretize no final do ano.
Jogo
Com pouco tempo para trabalhar, o estreante técnico Edson Vieira prometeu apenas mudanças pontuais no Londrina e escalou o time com duas alterações: a estreia do zagueiro Arthur Félix e a entrada do atacante Cirilo. O LEC fez um jogo seguro na primeira etapa e optou por deixar a bola com o Athletico e contra-atacar.
O primeiro bom momento do jogo, no entanto, foi do Tubarão. Logo a um minuto, Cirilo finalizou e obrigou o goleiro Bento a colocar para escanteio. Aos poucos o Athletico começou a tomar conta da partida com mais posse de bola, mas pouco poder ofensivo. Apesar do domínio, o rubro-negro chegou em apenas duas oportunidades, uma finalização de Bryan Garcia para fora e outra de Fernandinho, que Saulo espalmou. Faltou apetite para o Furacão, que deixou nomes como Khellven, Terans e Canobbio no banco de reservas.
O placar de 0 a 0 no primeiro tempo fez jus à pouca inspiração das duas equipes. Apesar de ter equilibrado a partida, o Londrina foi para o intervalo fora da zona de classificação, já que o Aruko vencia a sua partida e empurrava o Tubarão para o nono lugar.
No segundo tempo o jogo foi mais aberto e o Londrina incomodou em alguns momentos, com boas finalizações de Júnior Dutra e Diego Jardel. Clinton, que havia entrado no intervalo, também teve ótima oportunidade, mas parou no bom goleiro Bento.
O Athletico colocou em campo alguns dos seus titulares como Terans, Khellven e Cannobio. Com Fernandinho comandando o meio-campo, o rubro-negro usou a qualidade do seu elenco para ganhar o jogo. Aos 33 minutos, Terans recebeu livre na meia direita e fez um golaço ao acertar o ângulo do goleiro Saulo, que estava adiantado.
Com os resultados de Aruko (2 a 0 sobre o Cianorte) e Azuriz (4 a 0 contra o Rio Branco), o LEC já estava fora do grupo dos oito primeiros e foi para o desespero para tentar uma improvável virada. Não faltou luta, mas qualidade, e o resultado final, não do jogo, mas do campeonato, só refletiu todos os erros que o clube cometeu desde o início do ano. Como aconteceu em grande parte dos jogos no Café, o Londrina saiu vaiado de campo sob gritos de "time sem vergonha".
NO CAFÉ
LONDRINA 0
Saulo; Ezequiel (Léo Morais), Arthur Félix, Gabriel e Felipe Vieira; João Paulo, Moisés (Pedro Cacho) e Diego Jardel (Brandão); Vinícius Jaú (Hugo Cabral), Júnior Dutra e Cirilo (Clinton). Técnico: Edson Vieira
ATHLETICO 1
Bento; Madson (Khellven), Pedro Henrique, Thiago Heleno e Pedrinho; Fernandinho, Bryan Garcia (Cannobio) e Hugo Moura (Alex Santana); Cuello (Victor Bueno), Pablo (Terans) e Vitor Roque. Técnico: Carlos Pracidelli (auxiliar)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior
Estádio: do Café
Gol: Terans, aos 33 minutos do segundo tempo
Renda: R$ 46.570,00
Público: 1.203 (1.002 pagantes)
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