Nomes que marcaram a história no Londrina pregam pacificação para o rompimento do contrato entre o gestor, Sérgio Malucelli, e a diretoria executiva do clube. O divórcio se tornou uma novela e se arrasta há duas semanas, com várias projeções de dias sobre quando, enfim, o acordo será desfeito após 13 anos.

Um dos maiores ídolos do Tubarão, Carlos Alberto Garcia destacou que o clube “está acima de todas as pessoas envolvidas na negociação”. “Sei que são pessoas que querem o bem do Londrina, mas ao mesmo tempo estão sendo egoístas e pensando só nelas. Um lado pensa no dinheiro, o outro não sei se terá condições de tocar sem uma parceria, porque o futebol virou negócio e está caro. Mesmo inimigo, precisa ser amigo neste momento para ajudar o Londrina”, pediu.

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Campeão da Taça de Prata de 1980 e Paranaense de 1981, Paulinho “Canhão de Pinhal” viu como positiva a quebra do vínculo com Malucelli. “O gestor foi útil no momento em que o LEC estava ‘apertado’. O erro da diretoria foi ter feito o acréscimo. Fico torcendo para dar tudo certo. O gestor, por exemplo, reclama que [o time] não tem torcida. Fui campeão duas vezes e os jogos nas finais lotaram o estádio do Café. O que não tem é time bom”, criticou.

Londrina e gestor celebraram acordo em 2011, que foi renovado há dois anos até 2025. Uma preocupação dos ex-atletas é que o imbróglio atrapalhe a preparação da equipe, já que o Estadual começa em cerca de um mês. “O Londrina estava nas mãos de um empresário, que só queria revelar jogadores e não estava preocupado em ganhar títulos. Espero que no ano que vem a diretoria trabalhe com dedicação e seja construído um time para que o LEC chegue no lugar que merece, entre os melhores”, destacou Brandão.

A diretoria do Londrina informou, por meio da assessoria de comunicação, que só irá se manifestar após o contrato ser rompido.

JOGO FESTIVO

Atletas que atuaram no LEC nas décadas de 1970, 1980 e 1990 participaram do 9° Encontro de Ex-Jogadores no sábado (9). O ponto alto da programação foi um jogo festivo no estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias). “É um momento de rever os amigos que engrandeceram o Londrina e cada ano que passa fica ainda melhor. Fico muito feliz em participar de eventos como esse. Quando jogávamos, nem sonhávamos com isso. Quem planta, colhe”, afirmou Carlos Alberto Garcia.

Entre as novidades do evento deste ano estiveram jogadores que participaram pela primeira vez, entre eles Tadeu, Nelsinho, Chiquinho, Alaor e Serginho, além de Alemão e Germano, que são de uma geração mais recente. Paulinho vem todos os anos de Olímpia, no interior de São Paulo, para reencontrar os amigos. “Tive um passado muito bom no Londrina, em 1981 fui artilheiro do Paranaense. Me sinto muito feliz em estar com os amigos. Quando me convidam já confirmo, deixo a data reservada e aviso minha família”, contou.

Artilheiro da histórica equipe do Tubarão que chegou às semifinais do Brasileiro de 1977, Brandão relembrou os bons momentos vividos no VGD. “Teve um jogo, quando jogava no União Bandeirante, que chegamos no estádio e estava lotado. Ganhamos de 3 a 1 do Londrina com uma facilidade tão grande que nunca imaginei”, brincou, ressaltando o período em que foi adversário do LEC. Antes da bola rolar, os ex-jogadores distribuíram 140 cestas básicas para famílias da ocupação Aparecidinha, na zona norte.