Nos trâmites finais para a negociação da sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol) com a Squadra Sports, o Londrina recebeu uma nova proposta interessada em comprar as ações da nova empresa. A oferta da ELF Marketing Eireli chegou ao Conselho de Representantes do clube esta semana.

Paulo Assis representou o LEC em reunião com investidores paulistas, mas negociação não avançou em razão da preferência pela Squadra Sports
Paulo Assis representou o LEC em reunião com investidores paulistas, mas negociação não avançou em razão da preferência pela Squadra Sports | Foto: Londrina EC

O fundo financeiro de investimentos de São Paulo, inscrito na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, tem interesse no LEC desde 2021 e teve uma reunião oficial com representantes do clube em dezembro do ano passado. No entanto, a negociação não avançou já que o LEC já havia aberto conversas com a Squadra.

O grupo voltou a ser procurado agora pelo ex-presidente Iran Campos, atual conselheiro do LEC, e garantiu que as mesmas bases apresentadas em 2023 estão mantidas. A proposta é de investimento de até R$ 176 milhões em 10 anos para comprar 80% das ações da SAF. O grupo promete aportar R$ 10 milhões ainda em 2024 para a disputa da Série C e também comprar em definitivo o CT da SM Sports.

"O cenário atual do Londrina é diferente daquele que nos foi apresentado no ano passado. O caixa do clube foi liquidado e precisa de investimento para ontem, não para hoje para arcar com suas obrigações e lutar pelo acesso", afirmou o CEO do grupo de investimentos, Fernando Almeida, em entrevista à Rádio Paiquerê 91,7.

Almeida comandou a reunião, ao lado de outros investidores do grupo, em dezembro e que teve a participação do vice-presidente Felipe Prochet, do presidente do Conselho de Representantes, Denilson de Paula, Paulo Assis, na época contratado pelo LEC para prospectar interessados na SAF e hoje CEO da Squadra Sports, e Luiz Kriwat, atual executivo de futebol do LEC.

"Infelizmente, após a reunião as coisas não aconteceram da forma como imaginávamos, mas tudo que foi foi conversado com o Londrina está mantido e estamos à disposição para apresentar uma proposta oficialmente", frisou Almeida. "Sabemos que neste momento a SAF não está disponível pois há uma negociação, mas temos interesse na SAF do clube, mas respeitamos a hierarquia dos fatos."

O presidente do Conselho do LEC, Denilson de Paula, afirmou que o único contato com os investidores paulistas foi nesta reunião em dezembro e que após isso oficialmente o Londrina não conversou mais com o grupo.

"Havíamos relatado a eles que tínhamos uma negociação com outro grupo e se não avançassem as negociações ouviríamos o projeto deles. Como as conversas com a Squadra evoluíram, não tivemos mais contatos", frisou de Paula.

De acordo com o presidente do Conselho, o LEC está na fase final da construção do documento em definitivo com a Squadra. "Ainda há pontos que não foram finalizados, mas são poucos. Temos solicitado à Squadra que inclua cláusulas que protejam mais o Londrina e que deem mais poder de veto ao clube", apontou.

Sobre a possibilidade de apresentar oficialmente ao Conselho de Representantes esta nova proposta, de Paula afirmou não ver espaço neste momento, mas ressaltou que o Conselho é soberano. "Em razão do avanço com a Squadra, acredito que não teríamos espaço agora. Algo diferente neste sentido precisa ser validado e solicitado pelo Conselho", comentou.