O Londrina tem sofrido com o número alto de jogadores machucados. E esta situação não é de agora. O que chama a atenção é que o clube tem cinco jogadores em recuperação da mesma contusão: lesão nos ligamentos do joelho.

Só esta semana o zagueiro Willian Correia e o volante Pedro Cacho foram diagnosticados com problemas no joelho e terão que passar por cirurgia. Ainda seguem em recuperação no departamento médico o zagueiro Marcondes, o volante Denner e o atacante Victor Daniel, que se machucaram durante a Série B do ano passado.

Pedro Cacho passará por cirurgia nos próximos dias e tem previsão de retorno entre seis e nove meses
Pedro Cacho passará por cirurgia nos próximos dias e tem previsão de retorno entre seis e nove meses | Foto: Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube

O médico do LEC, Jean Francisco Furtado, explicou que neste tipo de contusão não é possível fazer a prevenção e que normalmente a lesão acontece em lances fortuitos.

"São lesões imprevisíveis que surgem em lances bobos, sozinhos, onde o atleta gira sobre o joelho. Não existe trabalho de prevenção para isso", apontou. "Quando o jogador vai para uma dividida, ele está com a musculatura firme, presa e, por isso, é difícil ver um rompimento de ligamento em um choque. Quando há a ruptura do ligamento cruzado o atleta perde a estabilidade no joelho".

Todos os cinco jogadores alvicelestes sofreram ruptura no ligamento cruzado anterior. No caso do Willian Correia, o zagueiro teve também uma lesão no menisco do joelho esquerdo. Furtado ressaltou ainda que o zagueiro já tinha passado por uma cirurgia anterior no mesmo local e isso deve retardar ainda mais o seu retorno aos gramados.

"Ele já tinha uma reconstrução ligamentar e o que rompeu foi o enxerto. Por não ser a primeira lesão no local, a recuperação dele deve ser mais demorada, com previsão de nove a 12 meses para retornar às atividades normais".

RESPOSTA

O médico do LEC comentou que a medicina tem discutido os prazos de recuperação para este tipo de contusão e que isso depende também de cada jogador e da sua resposta ao tratamento. "Antigamente o protocolo era de seis a oito meses. Depois foi inserido o protocolo acelerado, que indicava o retorno entre quatro meses e meio e seis meses. E os últimos trabalhos apontam que uma recuperação entre oito e nove meses torna os resultados melhores e com menos chance de reincidência", frisou.

Diante deste panorama, Willian Correia e Pedro Cacho só devem voltar a jogar em 2021. Em estágio final de recuperação, Marcondes e Denner têm previsão de voltar aos treinos em março. Já o garoto Victor Daniel só estará apto a jogar a partir do segundo semestre.

Sem Correia e Cacho, que vinham sendo titulares, o técnico Alemão deve escalar Augusto na zaga e promover o retorno de Julio Rusch ao meio-campo no jogo contra o Paraná, no domingo (1º), em Curitiba.

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