Defesa da Falange Azul nega crime eleitoral em confusão com deputado
Quatro torcedores da organizada foram indiciados pela PF por crime eleitoral e lesão corporal
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
Quatro torcedores da organizada foram indiciados pela PF por crime eleitoral e lesão corporal
Lucio Flávio Cruz - Grupo Folha
A defesa dos quatro integrantes da Torcida Organizada Falange Azul nega que a motivação política foi o estopim para as agressões cometidas contra o deputado federal Filipe Barros (PL) e integrantes da sua campanha em uma confusão registrada no dia 10 de setembro em frente ao estádio do Café.
A Polícia Federal concluiu um dos inquéritos e indiciou Henrique Soares de Souza, presidente da Torcida, Leonardo Henrique Alves, Filipe Rodrigues do Santos e Márcio Almeida de Paula por crime eleitoral. Os últimos três foram indiciados também por lesão corporal.
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"Em caso de oferecimento de denúncia por parte do Ministério Público será comprovado que não existe configuração de um crime eleitoral. Tudo se iniciou a partir da agressão da equipe do Filipe contra a esposa de um dos integrantes da Falange", frisou a advogada dos torcedores, Edileusa Pedroso.
Existem ainda outros três inquéritos em aberto. Um, na PF, que apura a denúncia da torcedora, que teria sido agredida pela equipe do deputado, e dois na Polícia Civil, baseados em boletins de ocorrências das duas partes. "O que de fato as imagens mostram é que houve lesão corporal, que provavelmente será configurada como leve porque não houve sequelas. A tese de que a Falange estaria lá arquitetando para não deixar a equipe do deputado panfletar não existe e será comprovada em uma eventual instrução criminal", apontou Cristoffer Ribeiro dos Santos, também advogado dos torcedores.
De acordo ainda com a defesa, a Torcida Falange Azul respeita a liberdade política e abriu procedimento administrativo interno para apurar o comportamento dos seus integrantes no episódio.
Em nota enviada no dia dos incidentes, a Falange Azul negou que houvesse iniciado a confusão e que não houve motivação política. Segundo a organizada, a confusão teve início após uma torcedora ter sido atingida no rosto por panfletos atirados por assessores do deputado no carro em que ela estava.
Filipe Barros nega essa versão e diz que imagens feitas por sua equipe mostram um sobrinho e seu tio sendo agredidos por membros da Falange Azul após bate-boca em que os torcedores os teriam xingado.
No dia do ataque, Filipe Barros enviou nota à imprensa relatando os fatos, reafirmando que acredita no Esporte como fator de união, de fortalecimento e inclusão e, ressaltando que continuará lutando para destinar mais recursos para a área.
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