A guerra fria instalada nos bastidores do Londrina entre a gestão e a diretoria impactou diretamente no fatídico desempenho do time dentro de campo. A constatação foi feita pelos próprios jogadores após a goleada de 4 a 1 aplicada pelo Vila Nova, na sexta-feira (10), que decretou o rebaixamento – o segundo em quatro anos - para a terceira divisão nacional, mostrando que a insatisfação foi geral com a situação.

“As duas instituições [diretoria e gestão] têm que pensar mais na camisa do Londrina, no Londrina Esporte Clube. Tenho certeza que essa parceria, se unindo, pode deixar o Londrina grande novamente”, disparou o volante e capitão João Paulo, em entrevista à rádio Clube 95.7. “Ano passado tinha algumas coisas e brigamos pelo acesso, mas esse ano a coisa não deu certo”, destacou.

O principal pronto de atrito no clube é a cobrança do valor de R$ 16 milhões repassado pela Liga Forte, que Sérgio Malucelli entende ser dele pelo investimento feito ao longo dos anos de parceria. No entanto, a direção tem outra visão sobre o montante milionário e 90% do dinheiro foi parar em depósito judicial até o julgamento do mérito. Os outros 10% foram repassados ao LEC.

Enquanto a disputa continua, o Tubarão ainda terá dois jogos pela frente para cumprir tabela na Série B. O primeiro será sexta-feira (17), às 21h30, contra o Novorizontino, no estádio do Café. A despedida será no dia 25, sábado, às 17h, diante do Botafogo-SP, no estádio Santa Cruz.

QUEM VAI COMANDAR?

O Tubarão não deve ter o técnico Roberto Fonseca na beirada do gramado nem nas duas últimas rodadas. Com propostas de times paulistas visando o próximo estadual, o treinador deve decidir o futuro longe do Norte Paranaense. “Ficamos tristes, viemos para trabalhar, dar nosso melhor. Acredito que fizemos isso, esses jogadores que permaneceram também estão fazendo, mas o campeonato desenrola desde o começo da competição. A partida inicial é tão decisiva quanto a que tivemos na sexta”, comentou o oitavo técnico no ano, incluindo os interinos.

Na zona de rebaixamento desde a 14ª rodada, o LEC vai terminar o campeonato na penúltima colocação, já que hoje não tem condições nem de passar o 18º colocado. Atualmente a equipe acumula 28 pontos. Ao longo da participação na segunda divisão são somente seis vitórias, com outros dez empates e 20 reveses. Um aproveitamento de apenas 25%.

‘ANO PARA ESQUECER’

A promessa é de que os dois últimos confrontos serão, minimamente, dignos. “Foram poucos momentos que passei isso na minha vida. O grupo é homem, estava brigando até o final, mas infelizmente não controlamos algumas coisas e todos saem perdendo nessa história. Agora é recolher os cacos quebrados. Um ano para esquecer”, definiu o zagueiro Rafael Vaz, à rádio Clube.

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