A derrota para o Maringá FC no último sábado (18) ligou o sinal de alerta no Londrina, que enfrenta o líder Cianorte, fora de casa, na próxima quarta-feira (22). O time precisa se reorganizar para dar uma resposta à altura da expectativa da torcida, que viu o Tubarão buscar a virada no Café, mas acabar deixando a vitória escapar - assim como uma invencibilidade de quase dez anos contra o Dogão.

Na coletiva de imprensa após a derrota, o técnico Claudinei Oliveira justificou suas alterações, que foram bastante questionadas pela torcida. Iago Teles, que havia empatado e virado para o LEC, saiu com 24 minutos do segundo tempo para entrada de Ícaro.

“A alteração foi puramente física, eu conversei e ele disse que a perna estava pesando. Foram dois jogos [contra Coritiba e Cascavel], praticamente 100 minutos, duas voltas longas, andamos 24 horas de ônibus em uma semana. Ele pediu para sair”, disse o técnico, que revelou que Maurício também cansou.

Por outro lado, outras mudanças foram estratégicas, segundo o técnico. Como a saída de Henrique - que sofreu o pênalti que garantiu o empate no final do primeiro tempo - e de Lucas Mendes.

“Para mim ficou claro que não era um jogo técnico, era um jogo físico. Tínhamos alguns jogadores com cartão amarelo, o Maringá jogando com dois jogadores enfiados em cima do Wallace e do Caio. A gente já tinha tido alguns problemas de quase sofrer gol ali, e colocamos o Yago e o Alisson, que são jogadores que competem bastante”, afirmou.

Na avaliação do técnico, as mudanças deram resultado, tanto que o LEC chegou à virada com Iago Teles logo aos 2 minutos. O empate do Dogão veio em um chute de fora da área de Vitinho após um erro da arbitragem, acredita Claudinei.

“É um lance numa bola no nosso ataque. Na minha opinião, foi mão do adversário, mas ele deu falta do Ícaro. Ele inverteu a falta ou achou que a mão foi do Ícaro. Não sei o que ele viu ali e nós tomamos o gol de empate”, pontuou, reconhecendo que a virada, logo em seguida, veio após uma “série de erros” da sua equipe. “Já comentamos isso no vestiário no pós-jogo, não vou expor ninguém, mas a gente tomou muitas decisões erradas.”

TABELA

O técnico também reclamou da tabela do Londrina, que fez dois jogos fora de casa, contra Coritiba e Cascavel, enquanto o Dogão jogou duas partidas seguidas na Cidade Canção. Ele sabe que as viagens são inevitáveis, mas entende que a tabela poderia evitar viagens seguidas e um clássico regional com um adversário “que não viajou”.

“Eu sei que é complexo, é difícil fazer tabela. É fácil a gente falar. Mas dá para ter esse cuidado e ter essa isonomia de desgaste para os jogos ficarem mais equilibrados”, ponderou. “Se a gente tivesse feito o jogo contra o Cianorte na quarta [passada, dia 15] em vez do Cascavel, talvez ficasse mais OK para a gente. Mas a tabela está aí, não dá para escolher adversário, viagem.”

MAIS OPÇÕES

Claudinei disse na coletiva que o Londrina “tem boas opções” e que o clube está em busca de reforços - pelo menos mais um centroavante, para revezar com Pablo. Mas ficou claro durante a partida que faltam peças de reposição à altura do time titular.

Ele também reconheceu que talvez tenha errado na entrada de Ícaro no lugar de Iago Teles. “Talvez eu pudesse ter colocado o Robson e trocado o [Gustavo] França de lado, mas eu quis dar uma oportunidade para o Ícaro, que vem treinando bem, que tem ‘um para um’ bom, e não quis trocar o França de lado. Talvez eu tenha errado nisso, mas eu acho que era a melhor decisão para o momento”, analisou.

PRÓXIMO DESAFIO

Nas palavras do técnico, agora é o momento de recolher os cacos e partir para o próximo adversário, que será justamente o líder Cianorte, fora de casa, às 20h, na próxima quarta. A preocupação de Claudinei é a recuperação dos jogadores para evitar lesões.

“Já conhecemos o Cianorte, já jogamos lá no Torneio de Verão. Agora vamos identificar se eles mudaram alguma coisa no modelo de jogo e nos preparar. Escolher os 11 melhores e buscar a vitória”, finalizou.