A venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) para a Squadra Sports foi sacramentada neste fim de semana, durante assembleia dos sócios. Inicialmente, os associados validaram a aprovação do Conselho de Representantes sobre os termos e registro dos atos constitutivos do Londrina Esporte Clube Sociedade Anônima do Futebol.

Na sequência, deram aval para a proposta vinculante aprovada pelo Conselho de Representantes para a cessão do capital social votante da Londrina Esporte Clube Sociedade Anônima do Futebol. Das 404 pessoas aptas a votar, 84 compareceram, sendo que 71 foram favoráveis ao acordo com o grupo liderado por Guilherme Bellintani, ex-presidente do Bahia.

Cerca de 90% das ações da SAF serão adquiridas pelo empresário do futebol a partir da constituição da empresa. “Tem um comitê de transição que vem fazendo a gestão do futebol. Em paralelo estamos discutindo o acordo de investimentos e tão logo seja construída a SAF, com processo burocrático, constituição na Junta Comercial, vamos concluir a redação dos documentos, aprovar no conselho de representantes, com as assinaturas das partes”, explicou Paulo Assis, CEO da PMK Sports, empresa que presta assessoria para o LEC e que lidera o comitê de transição.

Após alguns associados mostrarem resistência quanto à comercialização do capital social do Tubarão diante da falta de informações sobre o projeto do investidor, a ideia pela venda ganhou força assim que Bellintani apresentou as ideias para o “novo Londrina”. Ele participou do encontro, realizado sábado (20) no estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias), por meio de chamada de vídeo.

A promessa é um investimento mínimo de aproximadamente R$ 100 milhões no futebol alviceleste pelos próximos seis anos, começando por 2024. Além disso, o futuro dono da equipe afirmou que pretende gastar R$ 17 milhões na viabilização de um centro de treinamento, sendo que R$ 5 milhões serão para melhorias da infraestrutura do VGD e do estádio do Café. A proposta ainda prevê o pagamento de até R$ 22 milhões em dívidas do clube.

GRAMA SINTÉTICA

O plano é de que o Tubarão jogue a Série C no Vitorino Gonçalves Dias. “Em conjunto com a diretoria do clube entendeu-se que o VGD é um lugar que ‘conversa’ com a torcida e a cidade, mas que carece de reformas. É um local importante para o Londrina e estamos bastante adiantados com as partes dos projetos para execução das reformas”, destacou Assis. O estádio deverá ter grama sintética, o que vai permitir que também seja utilizado como local de treinamentos.

O CEO ainda frisou que o LEC terá uma equipe competitiva neste ano para voltar à segunda divisão nacional. “O Londrina já está podendo colher frutos desta gestão profissional. Claro que a partir do momento que tem a aprovação da assembleia geral tem mais conforto e segurança para que o trabalho continue”, analisou.

‘NOVA FASE’

Em nota conjunta, a diretoria executiva do Londrina e a Squadra Sports afirmaram que está iniciando “uma nova fase na história do LEC, com uma gestão moderna e inovadora” e que vai buscar “resultados de longo prazo, com o objetivo de fazer o Londrina forte dentro e fora de campo”. “O desafio é grande. A trajetória será de altos e baixos, como tudo na vida. Por isso, contamos com a união de toda a cidade e com o apoio constante da torcida nas arquibancadas”, pontuaram.