Não era de estranhar o cansaço apresentado por Adilson Batista quando chegou à sala de imprensa do estádio do Café para conceder a entrevista coletiva após a estreia vitoriosa na Série B. Um pouco pelo calor de mais de 30 graus registrado ao final do jogo, e muito porque o treinador, sem exagero, joga junto com o time.

Imagem ilustrativa da imagem Com Adilson, Londrina joga com 12
| Foto: Ricardo Chicarelli/LEC

Justificando o rótulo de principal contratação do Londrina na temporada, Adilson tem feito uma enorme diferença na área técnica. E não estamos falando apenas de leitura de jogo, que é o que se espera de um treinador com o seu currículo - talvez o mais renomado dessa Série B.

Ele de fato interage com seus jogadores, sem histeria ou gestos midiáticos que atraiam os holofotes. Não há “misancene” nas atitudes do comandante alviceleste. Talvez o gesto mais simbólico de seu comportamento no jogo de ontem tenha ocorrido quando houve uma falta lateral a favor do Náutico, próxima à área e ao banco de reservas do Londrina. Antes da cobrança, Adilson, ex-zagueiro campeão de Libertadores, saltou seguidamente com os braços colados ao corpo, simulando como os jogadores da barreira deveriam proceder para interceptar a bola. Eles obedeceram, por mais óbvio que o movimento pareça, e falta não deu em nada. Na coletiva, o treinador comentou que sua profissão “é extenuante, cansativa, para quem a leva a sério”.

LEIA TAMBÉM:

Londrina deixa boa impressão na estreia na Série B
Adilson evita citar meta de pontuação na Série B: "é jogo a jogo"

É cedo demais para projetar até onde esse Londrina sem jogadores de ponta pode ir nas mãos de um técnico de Série A. Mas já é possível desejar um time organizado e minimamente competitivo. Promessas que o treinador fez e os jogadores cumpriram ontem.

Faltam 37 rodadas. E já que Adilson prefere pensar em um jogo de cada vez, há razão para a torcida acreditar que dessa vez a coisa pode ser diferente.

Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link