O método "anticera" adotado pela FPF (Federação Paranaense de Futebol) para coibir o atraso na reposição das jogadas deve ser reproduzido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), segundo publicou o UOL.

A FPF confirmou em seu site que a entidade que gere o futebol brasileiro deve adotar o sistema “multibolas”, que consiste na distribuição de 16 bolas em volta do gramado, não tendo mais o contato direto entre gandulas e jogadores.

A Federação Paranaense começou a estudar o sistema no ano passado, inspirado no Campeonato Inglês, que tem utilizado o “multibolas” em seus jogos. Neste ano, o Campeonato Paulista também já adotou o sistema e tem utilizado como método “anticera”.

Entretanto, vale destacar que a nova forma de reposição de bolas não tem agradado a todos. O técnico Claudinei Oliveira, do Londrina, é um dos críticos da mudança no futebol.

“Os jogadores do Maringá chutaram a bola para fora do campo e agora tem isso que o gandula não pode repor a bola. Então, o jogador do Maringá chuta a bola na pista, o jogador tem que sair do campo, pegar a bola no pratinho para repor a bola, porque se eu pegar eu tomo amarelo? Então, nosso jogador tem o desgaste de ir lá buscar a bola, porque ninguém pode dar a bola para o jogador. É um absurdo”, criticou o comandante do Tubarão no último sábado (18) após derrota para o rival por 3 a 2, no Estádio do Café.

“O gandula pode dar três passos, devolver pro jogador… Temos que melhorar, ver essa questão das bolas se dá pra mudar. Do jeito que está, não está legal”, concluiu.

A CBF vai adotar o sistema na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro deste ano, mas ainda não divulgou detalhes sobre número de bolas ou posicionamento nas partidas.