Cláudio Osti
De Londrina
O Londrina ganhou o Campeonato Paranaense da Série A-2 em 99 e voltou para a primeira divisão. A Portuguesa Londrinense foi vice e também subiu. Os dois times vivem hoje uma situação curiosa. Tanto um como o outro querem a mesma coisa: chegar às finais do Paranaense, que começa no próximo dia 11. O caminho é tortuoso e, se depender do início dos trabalhos, deverá ser bem mais cheio de espinhos para o Alviceleste. ‘‘Não tenham dúvida. O Londrina vai ser muito competitivo mas, se a coisa apertar, vamos trazer alguns reforços de peso para o time’’, disse o coordenador-geral do clube, Célio Guergoletto, que procura manter o otimismo. É ver para crer.
O Tubarão, de maior torcida, três vezes campeão paranaense, 4º colocado no Campeonato Brasileiro de 77 e dono de tantos outros títulos está montando seu time aos trancos e barrancos. Faz apenas 11 dias que a equipe está treinando. O grupo é reduzido – boa parte são jogadores juniores. O cofre está vazio e se não fosse o patrocínio da Rede Paranaense, que comprou os direitos da competição, o LEC estaria em situação bem pior.
A Portuguesa, além de vice da Série A-2, não tem nenhum título expressivo em sua tragetória. Mas com um trabalho ‘‘pés no chão’’, como afirmam seus dirigentes, a Lusa está sendo reforçada e pode ser uma das surpresas da competição.
O mais novo clube profissional da cidade fez uma parceria com o Clube de Regatas Vasco da Gama que está começando a mostrar resultados. A Lusa recebe uma verba mensal para suas categorias de base, material esportivo e ainda um grupo de jogadores para reforçar o time profissional. Amarildo Lopes, diretor de futebol da Portuguesa, brinca que hoje em dia o time tem até dinheiro em caixa.
Depois de iniciar os treinamentos, em janeiro, no Estádio da Vila Santa Terezinha, com quase 40 jogadores no time profissional, o técnico Livio Vieira, fez uma ‘‘limpa’’, e depois da chegada de mais dois reforços, quer fechar o grupo com 25 atletas. Na próxima semana deve ser contratado o atacante Alexandre Beretta e mais um lateral-esquerdo.
Se Livio tem problema de excesso, seu colega, Val de Mello, do Londrina, tem um problema inverso. Val tem completado o time com garotos da equipe júnior para fazer treinos coletivos. ‘‘Precisamos contratar mais uns cinco jogadores experientes para poder mesclar com os garotos’’.
Jogadores disponíveis no mercado até que existem. O problema é a falta de caixa do Tubarão. O teto salarial, de R$ 2 mil, tem impedido que o clube traga jogadores de renome e o que é pior, perdeu seus principais atletas que estavam na última temporada. O goleiro Renato foi para o Grêmio Maringá, o atacante Aléssio para o Rio Branco de Americana, o volante Tião para o Mogi Mirim e o zagueiro Roberto Fonseca para a Portuguesa Londrinense.
Enquanto o Tubarão vive da promessa de dias melhores discutindo em sigilo, com grupos de empresários, possíveis parcerias, a Lusa tenta fazer com que o trabalho do dia a dia se torne uma realidade.Apesar do pouco investimento, os dois clubes de Londrina querem chegar às finais do Estadual, que começa no próxio dia 11
Paulo WolfgangDE MENOS...No Londrina, o técnico Val de mello tem completado o time com garotos da equipe júnior para fazer coletivosArquivo Folha...DE MAISNa Portuguesa, o técnico Livio Vieira tinha 40 jogadores e fez uma ‘limpa’ para fechar o grupo com 25 atletas