A Liga Feminina de Futsal (LFF) divulgou na quarta-feira (25) as punições impostas após a confusão envolvendo a torcida organizada do Londrina no jogo contra o Stein/Cascavel na última segunda-feira (23). Membros da Falange Azul invadiram a quadra e agrediram a delegação do time visitante no jogo válido pela primeira semifinal da Liga nacional feminina.

Em nota, a Liga informou que a vice-presidente da LFF e coordenadora do LEC Futsal, Vanda Cristina Sanches, foi afastada de suas funções até a realização de uma assembleia geral. Essa reunião, prevista para a próxima terça-feira (31), deve determinar se o afastamento é temporário ou definitivo. Ela também está afastada do Londrina Futsal.

Após o episódio, o Stein se posicionou por meio de nota e disse que “do lado de fora, a gestora do Londrina, Vanda Cristina Sanches, de forma agressiva, instigou a torcida para ir até a mesa de arbitragem e continuar a agressão verbal contra os árbitros” após o terceiro gol do Cascavel, que venceu por 3 a 2. A nota também alega que Vanda “partiu para cima da arbitragem, tendo que ser contida pelas atletas londrinenses e parte da comissão técnica”.

Outra medida adotada pela LFF foi a interdição do ginásio da Unopar/Anhanguera para jogos da Liga Nacional. O tema também será debatido na assembleia de terça. Por fim, o Londrina foi multado em R$ 3,4 mil.

Além das sanções aplicadas pela LFF, o caso também será julgado pelo CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que também poderá aplicar outras multas.

O texto divulgado pelo clube cascavelense ainda diz que o auxiliar técnico Felipe Bonow, o vice-presidente Beto Stein e a atleta Flávia Alonso foram acertados por socos.

"AGIR PREVENTIVAMENTE"

Em entrevista ao programa Bate-Pronto, da Jovem Pan, o presidente do Stein/Cascavel, Eliberto Stein, afirmou que é necessária uma reflexão por parte da Liga Nacional sobre “a postura de omissão, falta de cobrança, de exigir a segurança”.

“Não tem nada que se possa fazer a não ser agir preventivamente e exigir aquilo que é regra. Hoje não se pode jogar em um ginásio onde o vestiário para as atletas precisa atravessar um pátio, onde tem circulação de torcida. Não podemos jogar sem segurança efetiva. Não tem PM, não começa a partida”, disse Stein, citando que duas pessoas estavam trabalhando na segurança do jogo. “Não são nem seguranças profissionais.”

Para o jogo de volta, na noite de domingo (29), o presidente disse que a partida terá presença da PM e, se necessário, de seguranças particulares. “Inclusive para proteger a torcida do Londrina, assim como dar sensação e a verdadeira segurança para a equipe do Londrina, a comissão técnica”.

A reportagem solicitou um posicionamento de Vanda Cristina Sanches, via assessoria do LEC, e aguarda retorno.