Janaina Tupan Frare
De Londrina
Apesar das duas derrotas no Pré-Olímpico, a seleção equatoriana tem um craque. É Ivan Kaviedes, de 22 anos. No jogo contra a Colômbia o atacante equatoriano mostrou ser amigo da bola, dando o passe para Candelário fazer o primeiro gol. Depois, driblou o lateral-esquerdo do time adversário e fez o segundo.
Kaviedes, que ficou muito triste com a derrota para o Chile na sexta, diz que vai jogar contra o Brasil para ganhar, apesar de saber que o jogo será difícil. ‘‘Sabemos que o Brasil é obrigado a ganhar, pois é o favorito. Mas não temos medo não. Nem do jogo, nem dos jogadores’’, diz.
Kaviedes começou a sua carreira aos 15 anos no Emelec, de Guaiaquil, no Equador. Lá permaneceu por quatro anos, até chegar ao Perugia, da Itália. Do Perugia, seguiu para o Celta, de Vigo, Espanha, dono de seu passe. Hoje, está emprestado para o Puebla, do México.
‘‘Ainda não joguei pelo Puebla. Quando vim para o Brasil, fazia apenas três dias que estava no México’’, diz o jogador que, apesar da pouca idade, já integrou várias vezes a seleção de seu país.
Os títulos já conquistados, o jogador prefere ignorar. ‘‘ O importante são os que virão e não os que já conquistamos’’, explica, mostrando humildade.
Calouro – O jogador Walter Corozo é o novato do time, mas já ocupa uma vaga de titular na seleção do Equador. O atacante de apenas 17 anos ainda é desconhecido em seu país, mas o técnico Alfredo Encalada o convocou por acreditar em seu potencial. ‘‘Ele tem um jeito brasileiro de jogar futebol. Inclusive quando perguntam a ele de onde ele é, ele nega a sua nacionalidade e diz que é brasileiro’’, diz o técnico equatoriano.
Encalada reconhece que seu time não é muito experiente. ‘‘Eles podem aprender muito aqui.’’ O objetivo é preparar os jogadores para integrar a seleção principal de seu país, nas Eliminatórias da Copa do Mundo a partir de março.