No início da década, um baiano baixinho, negro e muito rápido surgia no Palestra Itália como um craque. Foi decisivo na conquista de títulos importantes e logo ganhou fama. Edílson, que depois se tornou um desafeto do torcedor palmeirense por vestir a camisa do rival Corinthians e atualmente está no Flamengo, é um dos ídolos de Juninho, o jovem atacante do Palmeiras, de apenas 23 anos, que tem uma trajetória parecida com a sua.
Juninho também é baiano, rápido e baixinho. Sua principal característica é o drible e o passe preciso para seus companheiros finalizarem. Sonha em ter o sucesso de seu conterrâneo, mas admite que ainda está longe do objetivo. ‘‘Tenho características parecidas com as do Edílson, mas ele é muito melhor do que eu’’, afirmou. ‘‘Ainda sou novo, tenho muito a evoluir e, quem sabe, consiga ter sucesso que ele.’’
Apesar da pouca idade, Juninho já tem um título no currículo, o da Copa dos Campeões, conquistado em julho, no Nordeste. O atleta vem ganhando destaque a cada partida do Palmeiras e sempre sai de campo como um dos mais aplaudidos pela torcida. Seu passe foi comprado do União São João no meio do ano por pouco mais de US$ 1 milhão, mas, atualmente, ninguém pode levá-lo por menos de US$ 3 milhões.
O salário está longe do de Edílson, não supera os R$ 15 mil, mas o futebol agrada a todos no clube. ‘‘É um jogador rápido e de muita qualidade’’, analisou o técnico Marco Aurélio. Segundo o treinador, ele foi um dos grandes responsáveis pela vitória sobre o Atlético-MG, sábado, por 3 a 2.
O Palmeiras volta a jogar amanhã, contra o Cruzeiro, no Palestra Itália. O time será o mesmo que venceu o Atlético.