Rio, 10 (AE) - O meia Juninho tem sido reverenciado como "rei" pelos torcedores do Vasco - na recepção calorosa que recebe toda vez que o Vasco entra em campo, é assim que é tratado -, mas ele diz que é difícil se considerar como tal atuando ao lado de "craques consagrados" como Romário e Edmundo. "Fico envaidecido com a homenagem; só que esse título poderia ser atribuído a muita gente aqui no clube."
Para o técnico Antônio Lopes, Juninho é um jogador fora de série, de rara habilidade e uma visão de jogo privilegiada. "Ele tem o dom do craque; não poderíamos pensar na conquista do Mundial sem a presença do Juninho", diz o treinador.
O toque de bola e os dribles refinados parecem extensivos ao convívio fora de campo com os outros jogadores, onde Juninho também demonstra todo seu talento. Foi assim na semana passada, quando pediu a Romário e Edmundo que deixassem de lado recentes desavenças. "Não me preocupo em ser líder; isso acontece naturalmente", afirma.
Juninho tem dois objetivos este ano: a conquista do Mundial de Clubes é o primeiro. Depois, ele quer voltar à seleção brasileira como titular e lutar por uma vaga no time para os Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália - o Brasil teria de assegurar a vaga antes no Pré-Olímpico.
"Uma coisa de cada vez e agora só estou voltado para o Mundial, uma oportunidade única que todo jogador gostaria de ter." Jogar em companhia de Romário, Edmundo, Felipe, entre outros, é motivo de alegria para Juninho. "É difícil alguém chegar ao topo sem a ajuda de outros do mesmo nível ou num estágio superior."
Para o craque do meio-de-campo vascaíno, o Vasco nem precisaria vencer o Manchester por 3 a 1 para provar que está também entre os melhores do mundo.