SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Começou a corrida olímpica do judô. E Rafaela Silva, que não pôde disputar os Jogos de Tóquio por estar suspensa, foi a primeira brasileira a conquistar medalha durante o período de classificação até Paris-2024. Nesta sexta-feira (8), ela foi prata no Grand Slam de Budapeste, na Hungria.

Serão dois anos de eventos válidos para o ranking olímpico, com os do primeiro ano valendo pela metade e, os do segundo ano, nos meses que antecedem os Jogos, valendo por inteiro. Entram na conta, como de costume, os cinco melhores resultados de cada ciclo, mais um evento extra, que costuma ser o Campeonato Pan-Americano.

O primeiro dos torneios valendo para o ranking aconteceu há duas semanas, na Mongólia, também um Grand Slam, mas o Brasil não enviou atletas por economia de recursos.

Em Budapeste, Rafaela Silva fez a melhor campanha entre os brasileiros que lutaram neste primeiro de três dias. Na categoria até 57kg, ela venceu uma checa, uma sérvia e uma britânica até a semifinal, onde deixou para trás a cubana Arnaes Odelin Garcia. Na decisão, perdeu por shidôs para a japonesa Haruka Funakubo.

Número 11 do ranking mundial, ela larga na frente na corrida interna do Brasil. Cada país poderá levar a Paris só uma atleta por categoria, e na categoria de Rafaela o país também tem Ketelyn Nascimento e a novata Jessica Lima, que vem de bronze no Grand Slam de Antalya, na Turquia, e do título pan-americano. Esses resultados não contam na corrida olímpica, mas mostram que ela pode bater de frente com Rafaela.

Aposta do Brasil no ciclo no masculino, William Lima (até 66kg) perdeu na segunda rodada, para Romazan Kodzhakov, do Bahrein. Amanda Lima (48kg) perdeu na estreia, Yasmin Lima (52kg) na segunda luta e Larissa Pimenta não viajou por causa da covid. Entre os brasileiros que lutam amanhã está Daniel Cargnin, medalhista em Tóquio.