Jogadores chegam da Ucrânia e detalham momentos de angústia
Pai do paranaense Vitão, do Shakhtar, fala em alívio com retorno do filho ao Brasil
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terça-feira, 01 de março de 2022
Pai do paranaense Vitão, do Shakhtar, fala em alívio com retorno do filho ao Brasil
Jogadores brasileiros, familiares e amigos desembarcaram em São Paulo e no Rio de Janeiro, nesta terça (1), após deixarem a Ucrânia em meio à guerra envolvendo ucranianos e russos. Fernando, Pedrinho, Maycon e Dodô, todos do Shakhtar Donetsk, chegaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Já Marlon Santos, também do Shakhtar, e Bruno Ernandes, do Hirnyk-Sport, desembarcaram no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. Já o paranaense Vitão, também do Shakhtar, tem chegada prevista em São Paulo no início da noite de hoje.
Em contato com FOLHA, o pai de Vitão, Claudinei Matos, informou que o zagueiro de 22 anos permanecerá em São Paulo alguns dias e deve vir ao Paraná somente na próxima semana. A família reside em Jacarezinho (Norte Pioneiro). Claudinei disse que a sensação com a vinda do filho ao Brasil é de alívio.
O ex-corintiano Pedrinho se emocionou ao chegar em território brasileiro. “É muito cedo para falar sobre voltar. Tudo aconteceu agora. O que mais quero é estar com a minha família, com meus pais. Todas as vezes que eu falava com eles, eu sempre me despedia, pois não sabia se seria a última vez. Então quero chegar em casa, ficar com a minha filha. Foram cenas lamentáveis e desejo que ninguém passe por isso”, declarou. Ele, Dodô e o preparador físico Luciano Rosa vieram da França.
“Foi uma mistura de sentimentos, de tristeza, de terror, de todas as palavras que demonstram isso, e depois um alívio, uma gratificação por ter conseguido sair, todos bem, sem nenhum susto”, disse Maycon, que pegou um voo com a família em Frankfurt, na Alemanha.
Os brasileiros faziam parte do grupo que passou os últimos dias em um bunker em um hotel de Kiev, capital da Ucrânia. Eles deixaram o bunker no último sábado (26) e pegaram um trem até Chernivtsi, no oeste da Ucrânia.
Foram 16 horas de viagem de trem até a fronteira com a Moldávia. Depois, o grupo ainda foi de ônibus até a Romênia. Eles ainda passaram por outros países para aí sim embarcarem para o Brasilia. (Com Folhapress)